Beatriz foi morta com 42 facadas em colégio particular de Petrolina. Crime continua sob mistério.
JC Online / Foto: Arquivo Pessoal
Prestes a completar dois anos – em 10 de dezembro – o assassinato da menina Beatriz Motta, de 7 anos, em Petrolina, segue impune. Apesar de a Polícia Civil contar com a imagem de um suspeito que aparece com uma faca na frente do colégio, onde a menina foi morta, ainda não foi possível identificar quem era aquele homem. Segundo a gestora de Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, 96 homens com características físicas semelhantes ao do rapaz que aparece na imagem ou com alguma suspeita de participação no crime já passaram por exames de DNA, mas o confronto do material genético deu negativo para todos eles.
O Caso Beatriz voltou à tona nesta semana após a Polícia Militar prender um homem suspeito de um homicídio e ao afirmar que ele apresentava semelhanças físicas com o suspeito de matar a menina em Petrolina. A Polícia Científica colheu material genético dele para exames. O resultado deve sair até a próxima semana. Mas, como mostrou o Ronda JC, o homem não poderia ter praticado o crime pois naquele 10 de dezembro de 2015 ele estava preso por tráfico de drogas na Cadeia Pública de Santa Maria da Boa Vista. A prisão aconteceu oito dias antes do homicídio e ele só teve o relaxamento autorizado pela Justiça em maio do ano seguinte.
O CASO
O corpo de Beatriz Motta foi encontrado com várias lesões provocadas por faca dentro de uma sala isolada no colégio particular onde ela estudava. Acontecia uma festa de formatura e a instituição estava bastante movimentada, mas nenhuma testemunha disse ter visto o crime. A Polícia Civil ainda não conseguiu identificar o autor e nem esclareceu à sociedade qual a motivação do homicídio.
O caso – que já passou pelas mãos de vários delegados – está com a delegada Gleide Ângelo. Segundo as investigações, com base no depoimento de testemunhas, o suspeito teria tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz. Em julho, em um ato de desespero, a mãe de Beatriz escreveu uma carta ao papa Francisco.