É sempre bom que se faça reflexões sobre nós, brasileiros.
Por Ângelo Castelo Branco / Foto: reprodução
Quando Lula assumiu o governo, ele herdou frutos de um planejamento econômico meticuloso que nos deu o Plano Real e uma reserva financeira que logo livrara-nos do FMI e nos nivelaria ao patamar das nações emergentes bem-sucedidas.
O dinheiro corria leve nos cofres públicos. Tanto assim que, de saída, compramos um avião presidencial compatível com o status do cargo e como nosso prestígio internacional.
Por oito anos Lula voou em céu de brigadeiro e deixou o governo com um elevado índice de aprovação coletiva. Foi bom.
Com a senhora Dilma as coisas desandaram por vários motivos. Ela herdou os maus feitos da gestão de Lula que ainda não tinham vindo a público, e adotou uma postura de gestora prepotente que entendia da disposição de carros na garagem até a macro política econômica e estratégica para o futuro da nação.
Não sobrou quase nada da organização estatal que se mantinha no país desde os anos 70. Destruíram até mesmo o setor elétrico que era considerado referencial na América do Sul. A política externa foi um desastre. Nem Obama escapou da ira ideológica de Dilma. O amigo Maduro transformou a Venezuela num cadafalso social e numa ditadura típica das repúblicas de banana.
Ela quebrou o Brasil. 14 milhões de desempregados. Ruim.
Diferentemente de Lula Pós FHC, nosso próximo presidente da república vai sentar numa cadeira fragilizada. As reformas fiscais, da previdência, da racionalidade administrativa, do enxugamento de gastos públicos, de uma política externa aberta aos investimentos sem travas ideológicas, entre outros itens, terão de ser tratadas de forma técnica correta.
Não é tarefa para qualquer um. Porque extrapola conceitos ideológicos, envolve negociação com o capital, compressão de juros, acordos corretos com o Congresso Nacional e o combate à corrupção sistemática. Quem será a vítima?
