A atitude do general causou desconforto em Brasília. Oficiais-generais ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo criticaram a afirmação de Mourão
Estadão Conteúdo / Foto: reprodução
O general do Exército da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão falou por três vezes na possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições. A afirmação foi feita em palestra realizada na noite de sexta-feira (15), na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, após o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar pela segunda vez o presidente Michel Temer por participação em organização criminosa e obstrução de justiça. Janot deixou o cargo nesta segunda-feira.
A atitude do general causou desconforto em Brasília. Oficiais-generais ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo criticaram a afirmação de Mourão, considerada desnecessária neste momento de crise.
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“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, disse Mourão em palestra gravada, justificando que “desde o começo da crise o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade”.
O general Mourão seguiu afirmando que “os Poderes terão que buscar uma solução, se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução… e essa imposição não será fácil, ela trará problemas”. Por fim, acrescentou lembrando o juramento que os militares fizeram de “compromisso com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não”. E encerrou: “O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver haverá”.
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Procurado neste domingo, Mourão explicou, no entanto, que não estava “insuflando nada” ou “pregando intervenção militar” e que a interpretação das suas palavras “é livre”. Ele afirmou que falava em seu nome, não no do Exército.
Ao jornal, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi enfático e disse que “não há qualquer possibilidade” de intervenção militar. “Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes”, afirmou Villas Bôas, acrescentando que a Força defende “a manutenção da democracia, a preservação da Constituição, além da proteção das instituições”.
Depois de salientar que “internamente já foi conversado e o problema está superado”, o comandante do Exército insistiu que qualquer emprego de Forças Armadas será por iniciativa de um dos Poderes. No sábado, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, conversou com o comandante do Exército, que telefonou para o general Mourão para saber o que havia ocorrido. O general, então, explicou o contexto das declarações.
BOA TARDE.
ESTOU COM O GENERAL, ANTONIO MOURÃO E NÃO ABRO.
O CAMINHO É ESTE, MAS É CEDO, É NECESSÁRIO
HAVER MAIS MORTES POR BANDIDOS NO RIO E SÃO PAULO ETC,
E MAIS ROUBOS DE POLÍTICOS, PARA O POVO 75%, PEDIR A
INTERVENÇÃO MILITAR POR UNS TEMPOS.
ESTA PESQUISA ESTÁ ERRADA: É UM EM CADA DOIS BRASILEIROS
QUERENDO A INTERVENÇÃO MILITAR, POR UM DETERMINADO TEMPO,
E NÃO UM EM CADA TRÊS BRASILEIROS.
QUANTO MAIS MORTES POR BANDIDOS, E POLÍTICOS
ROUBANDO, MELHOR SERÁ, PRA AUMENTÁ-LA.
SERÁ UMA EXPONENCIAL A VONTADE POPULAR.
É ISTO QUE O BRASIL PRECISA, COMO ESTÁ NÃO DÁ,
SÓ BOÇAL NÃO VÊ.
SUGESTÃO COM A INTERVENÇÃO: PRESO POLÍTICO SÓ
SAIR DA CADEIA DEPOIS DE DEVOLVER O DINHEIRO
ROUBADO.
ENTRAR GENTE NOVA, NA CÂMARA E SENADO.
TER REGRAS RÍGIDAS PARA POLÍTICOS SEGUIR.
ESTES POLÍTICOS SÃO UNS CORRUPTOS, ESTÃO
TRAINDO O BRASIL, SE DEIXARMOS VÃO CONTINUAR.
O QUE O GENERAL FEZ MERECIA APLAUSOS, E NÃO
REPREENSÃO.
SEM UM GENERAL POR EXEMPLO PARECIDO COM O GAL
ERNESTO GEISEL, NA PRESIDÊNCIA POR UNS TEMPOS,
O BRASIL VAI SOFRER MUITO, POR MUITO TEMPO.
“NA MINHA OPINIÃO INTERVENÇÃO JÁ”.
OU FICA ESTA PORCARIADA QUE VIVEMOS.
OBS: NÃO SOU MILITAR, E FUI CONTRA O REGIME MILITAR, MAS
HOJE ACABOU É PRECISO, PATRIOTISMO, HONESTIDADE, E RUMO.
PARABÉNS GENERAL!!!
E A LOJA MAÇÔNICA GRANDE ORIENTE, EM BRASÍLIA.
COM ESTA, ESTOU PENSANDO EM SER MAÇOM, MUITO
BEM, ATÉ QUE EM FIM, APARECEU GENTE QUE GOSTA DO BRASIL.
E QUER VER ESTA MULAMBADA LONGE.
OBRIGADO,
SAUDAÇÕES.