Celso de Melo atendeu pedido do PGR Rodrigo Janot ‘o homem das flechas podres’ e arquivou o caso por falta de indícios mínimos de envolvimento dela com as suspeitas
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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, arquivou um inquérito contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), aberto no fim do ano passado para apurar suspeita de crime eleitoral. O ministro atendeu pedido da Procuradoria Geral da República e arquivou o caso por falta de indícios mínimos de envolvimento dela com as suspeitas.
A suspeita era de envio irregular de mensagens a eleitores, via SMS, no dia da eleição para governador do Paraná em 2014 para pedir votos.
Mas, para a Procuradoria, “não há nenhum elemento que indique tenha ela participado ou tido conhecimento do envio de mensagens aos eleitores, por SMS, no dia do pleito”.
“As diligências realizadas até o momento não evidenciaram envolvimento dela no episódio. Das circunstâncias do fato, ademais, não é possível extrair que necessariamente tenha ocorrido com a participação e/ou ciência da candidata, especialmente considerando tratar-se de campanha de grande vulto, para o cargo de governador do estado do Paraná”, afirmou o documento.
O ministro entendeu que para o caso prosseguir no Supremo deveria ter indícios da participação do político com foro privilegiado e não apenas menção ao nome. Em razão disso, Celso de Mello atendeu pedido da Procuradoria e remeteu o inquérito para prosseguimento da investigação sobre as pessoas sem foro por parte do juiz eleitoral da 150ª Zona Eleitoral de Santa Fé.
No Supremo, Gleisi Hoffman é alvo de uma ação penal na Operação Lava Jato, de um inquérito aberto a partir das delações premiadas da Odebrecht e outro inquérito sobre suspeitas de fraude no Ministério do Planejamento.