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Acorda Sertão – O despertar do Tigre do Araripe

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A região com seus mais de 238 mil eleitores não acordaram ainda que já está passando da hora de termos o nosso representante na Câmara Federal

Artigo político

A nossa região do Araripe com seu potencial econômico, sempre foi relegada politicamente a segundo plano por parte de lideranças políticas do Estado. Sempre tivemos os nossos representantes na Assembleia Legislativa do Estado, desde a época dos deputados Felipe Coelho, Gilvan Coriolano, Eduardo Farias, Valdeir Batista, Raimundo Pimentel e agora Roberta Arraes e Socorro Pimentel. Apesar destas representações a região na ponta do Estado não conseguiu despertar interesses políticos no nível de governança para o desenvolvimento merecido. Para alguns somos sempre o filho mais problemático, que de qualquer forma para os governantes traz mais problemas que soluções. Ledo engano, o que nos falta é força política a nível estadual e federal que faça valer a nossa contribuição para o desenvolvimento do Estado e do país com o nosso potencial econômico nas áreas mineral, industrial, sem deixar também a área agrícola e de pecuária leiteira esquecida. Sem sombra de dúvida temos terras férteis, o que nos falta é investimento por parte do governo federal em fazer valer o tão sonhado canal do sertão, água do São Francisco para banhar essas terras e transformar em um canteiro de frutas, legumes e outras lavouras. Como também a conclusão imediata da ferrovia do gesso.

Como falei anteriormente todas essas dificuldades e expectativas passa pela falta de uma representação política forte. No próximo ano acontece mais uma eleição majoritária e proporcional a nível estadual e federal e o que se vislumbra é que estamos caminhando para os mesmos representantes, para a mesma situação política. A região com seus mais de 238 mil eleitores não acordaram ainda que já está passando da hora de termos o nosso representante na Câmara Federal. Sempre existiu são alianças políticas entre os deputados estaduais, prefeitos, vereadores e outras lideranças políticas, lideranças comunitárias e empresarias com nomes de fora, de outras regiões do Estado. Cada um preocupado em manter o seu feudo político, as suas conveniências políticas. O que já começa se vê nos noticiários e rodas de conversas são os nossos deputados ou candidatos preocupados em fazerem alianças políticas com determinado deputado federal ou candidato em troca de votos nas regiões deles. Os candidatos procuram a região para fazerem um complemento de votos. E como sempre depois de eleitos priorizam as suas regiões e o que sobra depois de muitas insistências enviam alguma coisa, algumas migalhas para a nossa região, e assim vai tocando o barco até a próxima eleição.

O que falta a região são os prefeitos, vereadores, outras lideranças políticas, empresariais e comunitárias desprender dos seus interesses pessoais seja do tipo que for, e procurar pensar na coletividade, na região como um todo, esquecer a política paroquial. Outros deixarem as ideologias políticas classistas e sectárias de lado afirmando, vou votar naquele candidato a deputado federal porque é do meu partido, defende a minha ideologia, ou esse me apoia ou apoiará em um pleito eleitoral meu vindouro. Pessoas assim não estão lutando pelos interesses da região, mais sim os seus.

Precisamos de um nome para nos representar na Câmara Federal que não seja ligado as oligarquias locais, um nome leve, uma pessoa dinâmica sintonizado com os anseios da região, um nome que venha somar as expectativas do empresariado, do assalariado, do agricultor, do comerciante, do estudante. Um nome alinhado as instituições regional, tipo Sebrae, Sindugesso, Instituições Bancárias, Sindicatos Rurais, as Câmara de Diretores Lojistas, ao meio acadêmico, e várias outras que contribui para o nosso desenvolvimento. Um nome com uma certa experiência política, mais não com amarras ou vícios políticos ou comprometido a determinado grupo político. E esse nome não necessariamente tem que sair de Araripina ou Ouricuri, o Araripe é um todo. E esse nome tem que sair do meio politico? evidentemente que não é obrigatório. Tem que ser alguém com disponibilidade de tempo para se dedicar único e exclusivamente ao mandato. O eleitorado já sinalizou que anseia por uma renovação política no quadro atual, mediante esse fato essa é a oportunidade. E esse perfil é possível encontrar em homens e mulheres da região. Basta cada grupo político e seus representantes baixar a guardar e procurar apoiar esse representante com o único objetivo fazer representar a nossa região. Fortalecer a nossa região no cenário político nacional. Já tivemos em outra eleição candidato a deputado federal. Mais uma nova candidatura deve ser tratada com um projeto político da região do Araripe como um todo. Um projeto político eleitoral de um conjunto de forças.

Aqui conclamo a todos, a responsabilidade é nossa que fazemos a nossa região. Se vamos continuar neste estado de situação dependendo dos políticos de outras regiões, ou vamos despertar o tigre adormecido. Sempre reclamando da situação em que vivemos, ou vamos partir para a luta? Temos potencial eleitoral de mais de 238 mil eleitores suficiente para elegermos um deputado federal. A aliança política deverá ser com a região, em prol do Araripe. Tenhamos o amadurecimento político para pensar no que realmente for do interesse da região. Não somos diferente em potencial de outras regiões como por exemplo, o São Francisco que tem vários representantes na Câmara Federal, a região do Cariri cearense. Não vamos continuar com o complexo de inferioridade, que não podemos, que não somos capazes. TEMOS POTENCIAL ELEITORAL SIM. É SÓ OS HOMENS E MULHERES QUE FAZEM A POLÍTICA DA REGIÃO DEIXAREM OS SEUS INTERESSES DE LADO E PENSAR CONJUNTAMENTE EM PROL DA REGIÃO, SENDO ASSIM TODOS GANHAM.

Ass. Daniel Torres / Ipubi-PE

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