Com base na delação da JBS, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista
JC Online / Foto; Agência Senado
O Conselho de Ética do Senado Federal arquivou, por 12 votos a 4, o recurso que pedia a cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e mantiveram o arquivamento de representação contra ele, nesta quinta-feira (6).
Há cerca de duas semanas, o presidente do conselho, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), resolveu arquivar, em decisão monocrática, a ação por quebra de decoro parlamentar apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Diante da decisão de João Alberto, os senadores Lasier Martins (PSD-RS), Pedro Chaves (PSC-MS), João Capiberibe (PSB-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e José Pimentel (PT-CE) entraram com o recurso que foi derrubado hoje.
Acusação
Com base na delação da JBS, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista para, supostamente, pagar despesas com advogados na Lava Jato. Em troca, segundo o Ministério Público, atuaria em favor dos interesses da JBS.
Ele foi denunciado por corrupção pela PGR e estava afastado do mandato desde o dia 18 de maio. O afastamento foi derrubado no último dia 30 de junho pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello.
Na volta ao Senado, Aécio discursou em meio a pouco parlamentares, afirmando que não participou de qualquer tipo de ilicitude.