Grupo ligado a criminoso conhecido como ‘Cabeça Branca’ usava o Porto de Santos para exportar drogas para Europa e EUA, aponta investigação. Segundo a PF, ele era mais influente que Beira-Mar e Abadia.
G1 / Foto: reprodução
traficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca e preso em Sorriso (MT) neste sábado (1º), é descrito pela Polícia Federal (PF) como um ‘embaixador do tráfico’ porque tinha diplomacia para lidar com grandes facções criminosas nacionais e internacionais sem que precisasse usar a violência. Esse comportamento acabou permitindo que ele continuasse atuando tanto tempo sem que fosse encontrado, segundo a PF.
De acordo com as investigações, o criminoso usava o Porto de Santos (SP) para exportar drogas para a Europa e os EUA e tinha mais influência que outros traficantes, como Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia.
Mesmo com três condenações que somam penas de aproximadamente 50 anos, de acordo com a investigação, ele mantinha uma vida normal em Sorriso (MT), atuando como um agropecuarista, vivendo com a mulher e um filho pequeno, sem negócios ilegais. A polícia não divulgou a idade da criança.
Rocha usava a identidade falsa de Vitor Luiz de Moraes e se submeteu a várias cirurgias plásticas para mudar a sua fisionomia, disse o delegado da PF Elvis Secco, coordenador da operação. Por isso, ele vivia como se não tivesse medo de ser preso.
Segundo as investigações, Rocha mantinha um imóvel de alto padrão em um bairro nobre de Osasco (SP) para fazer encontros com outros traficantes. No local, a polícia apreendeu, neste sábado, aproximadamente US$ 2 milhões.
A PF informou, ainda, que somente nesta primeira ação foram sequestrados aproximadamente US$ 10 milhões, concentrados em fazendas, casas, aeronaves, diversos imóveis e veículos de luxo importados.
A estimativa das investigações é de que o patrimônio adquirido por Cabeça Branca com o tráfico internacional de drogas chegue a US$ 100 milhões.