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Novo secretário quer combate ao crime organizado em Pernambuco

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Pádua, que tomou posso nesta sexta, também é delegado federal

JC Online / Foto: Diego Nigro

Aumentar o número de operações de repressão qualificada, prender homicidas contumazes e combater o tráfico de drogas, principalmente o de crack, maior motor da criminalidade no Estado. Serão os três principais eixos da política de segurança do Estado sob o comando do delegado federal Antônio de Pádua, de 40 anos, que tomou posse no cargo nesta sexta-feira (30), em cerimônia realizada no Palácio do Campo das Princesas.

Segundo Pádua, o crime organizado é de difícil identificação, o que vai demandar cada vez mais inteligência das polícias. “Vamos usar técnicas especiais de investigação para identificar e prender esses criminosos”, disse, logo após a cerimônia. Apenas neste ano foram realizadas 22 operações do tipo, segundo a Polícia Civil.

CRACK

O combate ao tráfico de crack também será reforçado. Antônio de Pádua chefiou, por três anos, o Departamento de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal no Estado e diz que a Polícia Civil já tem as ferramentas para continuar a realizar grandes apreensões da droga, bem como prender traficantes.

Por último, o gestor pretende tirar de ação os grandes homicidas. “Essa já era uma diretriz da gestão do secretário (Ângelo) Gioia. Apenas este ano foram 900 homicidas presos. Isso repercute na curva de homicídios”.

Pádua se refere aos dois meses seguidos de redução nos números absolutos de homicídios, depois do mês de março, que registrou o maior número desde o início do Pacto pela Vida (2007): 550 mortes. “Abril e maio já mostram que a curva está na descendente, e a expectativa é de que a redução continue em junho”. Após o patamar recorde de 550 assassinatos em um mês (março), abril fechou com 514 e maio, com 457. Números ainda muito altos quando se toma o melhor mês do Pacto, agosto de 2013, onde foram registrados 214 assassinatos no Estado.

A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 53 no início do Pacto pela Vida e chegou a 33,9 em 2013, chegou a 41,2 em 2015 e fechou 2016 com aproximadamente 48.

Durante o discurso de posse, Antônio de Pádua voltou a reverberar o discurso do antecessor, Ângelo Gioia, sobre o resgate da autoridade por parte dos comandos das polícias. “Não existe polícia sem hierarquia e disciplina. Esse princípio foi resgatado no Estado, o que vai facilitar o nosso trabalho”, disse, numa referência ao esvaziamento das associações militares conduzido por Gioia.

Após a cerimônia de posse do novo secretário de Defesa Social, o governador Paulo Câmara voltou a falar que vislumbra reduções ainda maiores nos índices de criminalidade, principalmente nos assassinatos. “Vamos fechar o primeiro semestre de 2017 melhor do que começamos. Mesmo com o cenário de crise, continuamos investindo. São R$ 290 milhões para o Plano de Segurança, e no segundo semestre teremos 2,8 mil policiais militares e e 900 policiais civis nas ruas”.

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