Anúncio foi feito pela Presidência na noite desta sexta; atual presidente do IBGE, ele substituirá Maria Silvia Bastos, que pediu demissão após ocupar o cargo por pouco mais de um ano.
G1
Presidência da República divulgou nota na noite desta sexta-feira (26) na qual informou que o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será Paulo Rabello Castro, atual presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Economista, Rabello Castro comandava o IBGE desde junho do ano passado e, para assumir o BNDES, terá de deixar a presidência do instituto (conheça mais abaixo o perfil do novo presidente do banco).
Castro assumirá o cargo no lugar de Maria Silvia Bastos, que pediu demissão da presidência do BNDES nesta sexta ao presidente Michel Temer. Ela ocupava a função desde maio do ano passado e, segundo a GloboNews, sofria pressão política e de empresários para liberação de crédito.
Logo após a saída de Maria Silvia, o presidente divulgou uma nota à imprensa na qual disse que a ex-presidente do BNDES “moralizou um setor estratégico para o país, despolitizando a relação com o setor empresarial e elegendo critérios profissionais e técnicos para a escolha de projetos a serem contemplados com financiamentos oriundos de recursos públicos”.
Encerrada a reunião com Maria Silvia, Temer convocou os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda) ao Palácio do Planalto. No encontro, eles definiram o nome de Paulo Rabello para a presidência do BNDES.
CPI
A saída de Maria Silvia Bastos e a chegada de Paulo Rabello Castro acontecem na semana em que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), leu o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar empréstimos do BNDES no âmbito do programa de internacionalização de empresas.
O pedido de criação da CPI foi apresentado após a divulgação das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e de executivos da J&F, que controla a JBS.
Segundo relatos dos delatores, o grupo corrompeu políticos para ter incentivos fiscais e conseguir dinheiro no BNDES e nos fundos de pensão.