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Acidentes fatais com moto respondem por 67 % das mortes do trânsito no Sertão do Araripe

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O coordenador da 23ª (Ciretran) em Araripina, Bruno Oliveira, a BR-316 por ser muito movimentada, é um dos locais aonde ocorrem mais acidentes fatais.

Por Roberto Gonçalves / Foto: Blog do Roberto

112 óbitos por acidente de transportes terrestre para cada veículo, esse número assustador representa o caótico trânsito na Região da IX Gerencia Regional de Saúde (Geres) no ano de 2016, a GERES compreende os 10 municípios Da Região do Araripe e o município de Parnamirim, no Sertão Central.

O boletim mostra ainda que os municípios de Araripina e Ouricuri lideraram em mortes por acidentes de transportes terrestres na região em 2016, Araripina com 27,7% e Ouricuri em segundo lugar com 17% das mortes por essa causa.

Segundo o coordenador da 23ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Araripina, Bruno Oliveira, 67% das mortes do trânsito no Sertão do Araripe, foram causadas por acidentes envolvendo motocicletas, e pra que esse número diminua, várias ações estão sendo adotadas.

“Em uma reunião recente na IX Geres em Ouricuri, foi apresentado um relatório do Corpo de Bombeiros, em que eles mostram os pontos críticos da região, locais aonde acontecem mais acidentes, pra que justamente sejam realizados trabalhos localizados nestas áreas. Infelizmente a BR-316 por ser muito movimentada e os veículos trafegarem em alta velocidade, é um dos locais aonde ocorrem mais acidentes fatais. Mas também é registrado, um grande número de acidentes, nas rodovias do estado e na Zona Rural, devido a falta de fiscalização”, pontuou o coordenador.

Ouça a entrevista completa:

Os números apontam, que há cinco anos, a principal vítima no trânsito era o pedestre. Hoje, é o motoqueiro. Nos acidentes, 74% das vítimas são condutores, 14%, o carona e 12%, o pedestre. Qualquer queda de moto tem probabilidade grande de atingir pernas, de provocar a perda da mobilidade, diz Márcio Norton, diretor de Relações Institucionais da seguradora Líder, que administra o seguro DPVAT.

Em Pernambuco, há 967.170 motos, 1.142% a mais que em 1998. Os acidentes são tão frequentes que passaram a ser tratados pelas autoridades como epidemia. Em 2011, foi criado o Comitê Estadual de Prevenção dos Acidentes de Moto (Cepam), que reúne 19 entidades. De acordo com o coordenador executivo do Cepam, João Veiga, os acidentados de moto já ocupam 87% dos leitos das enfermarias de traumatologia dos três principais hospitais públicos da capital (Restauração, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas). Em Pernambuco, as mortes por acidentes de moto chegam a 22 para cada cem mil habitantes, segundo Veiga:

“Agora, são as crianças que estão morrendo. Entrevistamos os pais, e eles alegam que não achavam perigoso os filhos andarem de moto, porque pensavam que os menores só circulariam nos sítios da área rural ou no centro das cidades do interior. Mas quase todas as crianças que morreram no ano passado trafegavam em movimentadas rodovias federais.

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