O governador reforçou que é contra a decisão do PSB de fechar questão contra a reforma da Previdência e disse que o tempo ainda permite diálogos.
JC Online/ Foto: Wagner Ramos/SEI
Na bola dividida entre PSB e PMDB sobre a reforma da Previdência, o governador Paulo Câmara (PSB) parece ter tomado partido dos peemedebistas. Na semana passada, os socialistas ficaram na bronca com o governo Michel Temer (PMDB) porque o destaque do partido em relação aos trabalhadores rurais não foi aprovado na comissão especial que trata do assunto.
Nessa segunda-feira (15), ao lado de dois ministro de Temer – Raul Jungmann (Defesa) e Roberto Freire (Cultura) -, o governador demonstrou estar satisfeito com a proposta que seguirá para o plenário da Câmara dos Deputados.
“A aposentadoria rural, já no segundo projeto apresentado pelo relator, foi atendida e está dentro de parâmetros que entendemos como satisfatórios. No tocante à aposentadoria rural o que a gente viu foi avanços em relação ao projeto inicial que não estava realmente atendendo aos anseios dos trabalhadores rurais”, disse.
O governador reforçou que é contra a decisão do PSB de fechar questão contra a reforma da Previdência e disse que o tempo ainda permite diálogos.
Por falar em diálogos, Paulo Câmara tratou de mostrar que o posicionamento do seu partido em relação ao governo federal não vai atrapalhar a relação com o presidente Michel Temer.
“Desde que foi iniciado o governo do presidente Temer, sempre me coloquei à disposição para parcerias em favor do Brasil e de Pernambuco. E isso continua. A gente sabe que tem questões sendo discutidas no âmbito do Congresso, questões nacionais, que há pontos de divergência em alguns setores e a gente tem que respeitar essas divergências, mas buscar conversar sempre, sentar na mesa e dialogar”, assegurou.
Na entrevista aos jornalistas, o governador ponderou sobre outras questões da reforma da Previdência que são importantes para o PSB.
“Evidente, que tem outras questões que o partido entende que pode avançar, como a questão do tempo de contribuição dos trabalhadores informais que não têm emprego fixo, mas que vivem no trabalho informal só contribuindo para o INSS, que é uma questão que o partido tem debatido. Há outras questões que a gente sabe que pode avançar”, declarou.
AQUELE ABRAÇO, PRESIDENTE TEMER
Durante evento no Monte dos Guararapes, o governador fez mais um gesto ao presidente.
“Segue meu abraço a todos os que fazem o governo federal e ao presidente Temer por ter dado também a priorização para estarmos cuidando cada vez mais do patrimônio brasileiro”, afirmou.
Raul Jungmann e Roberto Freire gostaram de ver a forma como Paulo Câmara se referiu a Michel Temer.
No PPS, partido dos ministros, a ordem é seguir com Paulo Câmara em 2018, mas desde que o PSB integre a base de apoio de Michel Temer.
Se o PSB deixar de ser aliado no plano federal, como vem sinalizando, haverá ruptura no Estado também.