Dinheiro teria sido entregue a interlocutores do senador Fernando Bezerra e do ex-governador Eduardo Campos.
G1 / Foto: reprodução
Em depoimento sobre o suposto pagamento de propina para garantir duas obras no Porto de Suape, o delator Carlos Angeiras detalhou o processo e como as transferências eram efetuadas, utilizando uma casa de câmbio e outros meios. Ele chega a dizer que, “na maior parte das vezes”, repassou a vantagem indevida para o ex-secretário executivo de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, Iran Padilha, dentro da própria secretaria.
“Ia lá no escritório dele [Padilha], na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Na maior parte das vezes eu ia lá”, aponta Carlos Angeiras em depoimento enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a petição de número 6.671, o dinheiro teria sido entregue aos interlocutores do ex-governador Eduardo Campos, que morreu em um acidente de avião em 2014, e do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), Aldo Guedes e Iran Padilha, respectivamente.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) disse que apoia a decisão do ministro Edson Faquin de quebrar o sigilo das delações dos executivos da Odebrecht. O partido afirmou ainda que vai atuar em todas as instâncias para que a honra do ex-governador Eduardo Campos não seja manchada.
A defesa de Aldo Guedes, apontado na delação como recebedor de propina para o ex-governador Eduardo Campos, informou que por enquanto não vai se pronunciar sobre o caso. Em nota, o senador Fernando Bezerra Coelho classificou o conteúdo das delações como inverídico. O senador reforçou que todas as doações de campanha feitas a ele foram apresentadas e aprovadas pela justiça eleitoral.
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