Até agora, nenhum partido reivindicou espaços no futuro governo.
Pouco antes de morrer, o governador Eduardo Campos fez um pequeno enxugamento na máquina pública, reduzindo de 28 para 21 o número de secretarias e extinguindo alguns cargos comissionados.
O governador eleito Paulo Câmara gostaria de dar andamento àquele trabalho. Mas talvez não tenha condições políticas de fazê-lo porque foi apoiado por uma frente de 21 partidos e vai precisar acomodá-los no governo para não enfrentar turbulências no curso da gestão. Poderá fazer, no máximo, a fusão de duas ou três secretarias, porém o grosso da atual estrutura deverá ser preservado.
Até agora, nenhum partido reivindicou espaços no futuro governo. Mas como não acomodar no secretariado um representante do PMDB, do DEM, do PSDB, do PCdoB, do PR, do PDT e até da Rede de Marina Silva? Ainda que os quadros sejam técnicos, a vinculação com esses partidos terá que existir para evitar crises políticas no futuro. (Por Inaldo Sampaio)