Temer esteve reunido com o senador tucano nesta tarde para definir a nomeação
JC Online e Estadão Conteúdo / Foto: Waldemir Barreto /Agência Senado
O presidente Michel Temer escolheu, na tarde desta quinta-feira (2), o líder do governo no Senado, Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), para assumir o Ministério das Relações Exteriores (MRE). A pasta estava sem comando oficial após a saída de José Serra, também do PSDB de São Paulo.
Temer esteve reunido com o senador tucano na tarde de hoje para definir a nomeação, que foi oficializada ainda nesta quinta pelo porta-voz da Presidência. Serra havia deixado o ministério por conta de problemas de saúde.
A posse de Nunes será na próxima terça-feira (7), às 15h30, na mesma cerimônia em que o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) assumirá o Ministério da Justiça e Segurança Pública, no lugar de Alexandre de Moraes, que foi para o Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com informes do porta-voz da Presidência.
Se não fosse Aloysio, especula-se que outro nome da legenda tucana assumaria a vaga. Que tem espaço garantido na cúpula do governo Temer. O senador chegou a ser mencionado pelo próprio presidente como favorito na mesma noite em que Serra deixou a pasta, conforme atesta a Folha de São Paulo.
Delações
Em 2014, Aloysio concorreu como vice da chapa de Aécio Neves para a presidência. Citado na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, o senador teria recebido R$ 500 mil em doações para campanha; desse monstante, R$ 200 MIL via caixa dois. Aloysio nega as informações.
Liderança do governo
Com a ida do senador Aloysio Nunes Ferreira para o MRE, fica aberta a vaga de líder do governo no Senado, atualmente ocupada pelo tucano. Para o posto, o presidente Michel Temer pretende nomear um peemedebista para ajudar na acomodação política, já que o seu partido tem se queixado da perda de espaço para os tucanos.
Esta decisão, no entanto, poderá ficar para a semana que vem uma vez que uma das possibilidades cogitadas por Temer é de puxar Romero Jucá, que está na liderança do governo no Congresso, para a liderança no Senado, abrindo esta vaga, então, para o PMDB.