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População de Trindade paga por água que não chega

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Foto: reprodução

Por João Andrade

Dona Detiza, moradora da Rua Rui Barbosa, na Vila Saraiva, está há mais de quatro meses sem água na torneira. Assim como muitos outros moradores em Trindade, ela tem precisado buscar alternativas para garantir o abastecimento em casa.

“Eu compro um caminhão-pipa com 8 mil litros de água por R$ 120,00. Isso dura de 25 a 30 dias. Nesse meio tempo, também solicito água da COMPESA, porque todo mês pago entre R$ 56,00 e R$ 58,00 pela fatura, mesmo sem água na torneira”, relatou.

Porém, o fornecimento pela COMPESA também enfrenta dificuldades. A companhia conta na cidade com apenas um caminhão-pipa para atender toda a cidade. Recentemente, a quantidade disponibilizada por residência foi reduzida de 10 mil para 4 mil litros, e o tempo de espera subiu para uma média de 30 a 50 dias.

A situação se agrava ainda mais para quem não tem condições de arcar com o custo de um caminhão-pipa particular, deixando muitas famílias em situação de vulnerabilidade.

Mesmo com o pagamento regular das contas, muitos moradores não conseguem acesso ao serviço pelo qual pagam. Isso tem gerado indignação e um clamor por soluções. “É revoltante pagar por um serviço que não recebemos. E quando recebemos, é tarde demais e insuficiente”, desabafou a moradora.

Os relatos como o de Dona Detiza revelam a urgência de ações concretas por parte das autoridades e da COMPESA. Investimentos na ampliação da frota de caminhões-pipa, perfuração de poços artesianos e melhor gerenciamento do sistema de abastecimento são algumas das medidas que podem amenizar a crise.

A população de Trindade espera que a situação seja tratada com seriedade, pois água é um direito básico e essencial para a vida.

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