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Chuvas deixam 11 mortos no interior de Minas Gerais

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Foto: reprodução

Fortes chuvas registradas na madrugada deste domingo (12) deixaram 11 pessoas mortas nas cidades de Ipatinga e Santana de Paraíso, em Minas Gerais.

A maioria das vítimas é de Ipatinga (a cerca de 150 quilômetros de Belo Horizonte), onde dez pessoas perderam a vida, entre as quais estão duas crianças e dois idosos, após desabamento de casas.

A 10ª morte, de uma pessoa que estava desaparecida em meio aos escombros de deslizamentos, foi confirmada pelo prefeito Gustavo Nunes (PL) em suas redes sociais no fim da noite de domingo.

Segundo Nunes, cerca de 150 pessoas estão desalojadas na cidade, ou seja, tiveram de ir para a casa de amigos ou parentes.

Em Santana de Paraíso, cidade vizinha a Ipatinga, pelo menos uma pessoa morreu no hospital depois de ser resgatada do desabamento de uma casa.

De acordo com o prefeito de Ipatinga, o bairro Bethânia, um dos mais atingidos, registrou precipitação de 204 milímetros durante a madrugada.

Entre os dez mortos, cinco eram de uma mesma família, cuja casa fora atingida por um deslizamento no bairro Bethânia.

“Mas não foi só a precipitação dessas últimas horas, teve chuva praticamente todos os dias no último mês, que deixou a terra molhada. Tivemos um número muito elevado de deslizamento de terra em vários bairros”, disse Gustavo Nunes, durante entrevista coletiva.

Ele ainda destacou que há previsão de chuva de 40 milímetros até a manhã de segunda (13), e pediu que a população evite locais de risco e que aqueles que foram retirados pela Defesa Civil não retornem para suas casas.

Afirmou também que Ipatinga convive com um problema de ocupação irregular de territórios há 60 anos e que a prefeitura faz seu papel para evitar novas construções nessas áreas.

Uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade chegou a ser inundada pela água e pela lama, e os pacientes foram transferidos para o hospital municipal de Ipatinga.

A prefeitura declarou neste domingo situação de emergência por meio de decreto, que tem vigência de seis meses. Também disse que o estádio municipal foi disponibilizado para abrigar os desalojados e está recebendo as doações.

“No momento não estamos precisando de doações de roupas, mas de água mineral, alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza para distribuir a famílias atingidas”, afirmou o prefeito.

Um decreto que será publicado amanhã vai permitir à prefeitura depositar um salário mínimo para os atingidos que se encaixarem nos termos previstos em lei.

Sobre a falta de alerta para a população antes das chuvas, o prefeito afirmou que o evento climático pegou todos de surpresa.

“Não tinha essa previsão para poder alertar, foi de madrugada, começou às 3h de forma mais intensa”, disse o prefeito. Ele ainda afirmou que em um bairro da cidade, quando a chuva se intensificou, os moradores deixaram suas casas antes de elas desabarem.

De acordo com boletim da Defesa Civil de Minas Gerais da última sexta (10), 13 pessoas haviam morrido até o momento no estado em decorrência das chuvas no atual período chuvoso, que se estende de setembro a março.

O governador Romeu Zema (Novo) deve ir a Ipatinga na manhã desta segunda (13) para acompanhar os trabalhos de atendimento às vítimas.

Ao todo atuam nos resgates 67 militares e 16 viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Há ainda três equipes da Defesa Civil.

Zema disse em publicação nas redes sociais que se solidariza com as vítimas e que colocou a estrutura do estado à disposição do prefeito de Ipatinga.

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