O Vaticano divulgou recentemente novas diretrizes que permitem a ordenação de homens gays como padres, desde que mantenham o celibato. Essa decisão, que foi formulada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), revoga uma norma anterior de 2016 que impedia a entrada de seminaristas com “tendências homossexuais profundas” no clero. Essa mudança é interpretada como um gesto do papa Francisco em direção à comunidade LGBTQIA+, embora a Igreja Católica ainda não reconheça o casamento entre pessoas do mesmo sexo. As orientações, que podem ser acessadas no site da CEI, ressaltam que a orientação sexual de um candidato deve ser considerada, mas apenas como um dos vários fatores na avaliação de sua formação.
As novas regras foram aprovadas em novembro e já estão em vigor, com uma reavaliação programada para ocorrer em três anos. Apesar dessa postura mais inclusiva, o papa Francisco já se envolveu em controvérsias relacionadas ao tema, incluindo suas declarações sobre a presença de gays em seminários e sua posição anterior contrária à ordenação de homens homossexuais. Em uma declaração feita em janeiro de 2023, o papa afirmou que a homossexualidade não deve ser considerada um crime, mas sim um pecado. Ele também pediu a revogação de leis que criminalizam a orientação sexual, enfatizando a necessidade de conversão entre os bispos que apoiam tais legislações e a importância de agir com compaixão e compreensão.