Os professores e professoras aprovados no último concurso público realizado pela Prefeitura do Recife e recém-empossados entre os meses de janeiro e julho deste ano, cobram da gestão municipal a ratificação do edital que prevê a carga horária de até 270 horas, além de exigir que todos os profissionais que optaram por esta jornada de trabalho recebam o valor integral de seus salários em janeiro de 2025.
Nesta quinta-feira (19), o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) para denunciar a situação. Segundo a categoria, a Secretaria de Educação do Recife não tem dado nenhum retorno às reivindicações apresentadas.
“A Prefeitura do Recife afirmou que os professores e professoras que desejassem assumir a carga horária de 270 horas, conforme previsto no edital, poderiam fazê-lo. No entanto, eles foram surpreendidos, pois a administração municipal ofereceu apenas um ‘regime de acumulação’ temporário. Dessa forma, a carga horária de 270 horas prevista no edital não foi confirmada”, explicou Anna Davi, coordenadora-geral do Simpere, em entrevista à coluna Enem e Educação, nesta sexta-feira (20).
Ainda segundo a dirigente, os docentes só tiveram a metade dessa jornada e ficarão sem o salário referente ao restante desta carga horária. “Nós precisamos que a Prefeitura do Recife se pronuncie e cumpra o que está no edital. Como esses professores fizeram a opção de assumir essas 270 horas, a gestão precisa garantir que essa carga horária seja efetiva. Eles não podem aumentar ou reduzir sem critérios”, completou Anna Davi. (JC)