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MPPE prende empresário acusado de desvio de dinheiro e superfaturamento em Ipojuca

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Foto: divulgação

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) em Ipojuca, no Litoral Sul, prendeu um empresário suspeito de fazer “conluio” para vencer uma licitação e vender itens superfaturados à Prefeitura.

De acordo com o Gaeco, a administração municipal comprou quantidade de material gráfico incompatível com a necessidade da cidade, com pouco menos de 100 mil habitantes. Em 2023, 6 milhões de adesivos para visitantes foram adquiridos por meio dessa empresa, o que equivale a mais de 60 vezes a população de Ipojuca.

Há evidências de sobrepreço e indícios de venda de notas fiscais sem a entrega do material contratado. A irregularidade supera R$ 20 milhões, operados entre 2021 e 2023.

A aquisição dos itens teve como base a ata de registro de preços produzida pela Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (Ammesf), que fica no norte de Minas Gerais. A investigação aponta que o empresário e uma pessoa ligada a ele destinaram valores a concorrentes para colocarem preços mais altos na licitação. Assim, eles ganhariam a disputa. Ambos foram presos no âmbito da operação Patranha.

O Gaeco ainda aponta que a Prefeitura adquiriu talonários de infrações de trânsito e de construções irregulares por meio dessa ata.

Habite-se

O Ministério Público de Pernambuco também apura um suposto esquema criminoso no licenciamento de empreendimentos imobiliários na Prefeitura. As investigações mostraram, após denúncia de um empresário do ramo, que um grupo de servidores exigia propina para liberar o andamento da construção de um imóvel na praia de Porto de Galinhas.

O valor era de R$ 1 milhão em primeiro momento, mas novas quantias seriam solicitadas para cada etapa de aprovação. Os detalhes das operações foram apresentados pelo promotor Alfredo Pinheiro, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19).

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Ipojuca declarou que está colaborando com todo o processo e fornecendo os dados requisitados pelo MPPE. Além disso, a gestão municipal reforça que a investigação está em fase inicial, podendo-se concluir que houve culpa ou não por parte dos servidores municipais.

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