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Alepe: Deputados voltam às urnas para eleger a Mesa Diretora para o biênio 2025

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Foto: reprodução

Por Magno Martins

Hoje, os 49 deputados que compõem a Assembleia Legislativa voltam às urnas para eleger a Mesa Diretora para o biênio 2025-26. A eleição se dá por determinação da justiça eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral julgou irregular a antecipação do pleito anterior. Na verdade, a nova eleição só tem disputa para o cargo de primeiro-secretário.

O presidente Álvaro Porto (PSDB) não terá adversário porque virou uma unanimidade na Casa, contrariando Nelson Rodrigues, que dizia que “Toda unanimidade é burra”. O atual primeiro-secretário Gustavo Gouveia (SD) não soube – ou não conseguiu contrariar Nelson Rodrigues – e terá que enfrentar Francismar Pontes, da bancada do PSB, que se fortaleceu na reta final.

Pontes fez uma dobradinha com o PP, partido que tem a segunda maior bancada no colegiado. Líder do PSB, o deputado Sileno Guedes não avalizou a candidatura do seu colega de partido e tem dito que a bancada vai votar fechada em Gustavo. Mas, pelo que se ouve nos bastidores, numa eleição na qual o voto é secreto, não é assim que a banda toca.

O saudoso Leonel Brizola dizia que a política ama a traição. O voto secreto é a janela da traição. E a traição é a espada que vem por trás e atinge o coração física e moralmente. Afinal, por que existe o voto secreto? O honroso Ulysses Guimarães citava “que o voto secreto dá vontade de trair”. Tancredo Neves também dizia que o voto secreto dá uma vontade danada de trair.

Não sei se Sileno assistiu ao filme “Trair e Coçar é só Começar”, uma comédia com Adriana Esteves, que também virou peça com o sensacional Marcos Caruso. Não fala de política, claro, mas das relações humanas, que não são diferentes quando se reportam ao mundo grotesco da política. Certa vez, num famoso restaurante em Brasília, ouvi um deputado afirmar, logo após uma votação secreta: “A traíra estava uma delícia”. As traições ocorrem diariamente, a cada minuto. Viraram parte, e parte desagradável da cena política, que jornalistas e outros observadores cansaram-se de denunciar. Sileno que abra o olho!

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