O Tribunal de Contas da União (TCU) investigará o uso de dinheiro público no evento Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza, realizado na véspera do G20, no Rio de Janeiro. As informações são do comentarista do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, Cláudio Humberto.
O evento, apelidado de “Janjapalooza”, teria gerado custos de R$ 33,5 milhões – os valores teriam sido retirados de empresas estatais. A investigação do TCU atende a uma representação do deputado federal Sanderson (PL-RS), que também é delegado da Polícia Federal (PF).
De acordo com as informações, os valores teriam sido destinados para o pagamento de cachês de artistas que participaram do evento. “Esse gato é insustentável do ponto de vista da legalidade, da eficiência e da moralidade. Foram R$ 33,5 milhões tirados de duas empresas estatais: a Petrobras e a Itaipu-Binacional”, disse Cláudio Humberto. Do valor total, R$ 18 milhões teriam saído dos cofres da Petrobras e outrs R$ 15 milhões do caixa da Itaipu-Binacional.
Além desses valores, outros R$ 870 mil teriam sido remanejados do Ministério da Cultura para a realização do evento.
“Isso acontece no momento em que o país discute corte de gastos, redução de despesas. Aí cria-se esse evento a pretexto de marcar posição no combate à fome e à pobreza. Esses valores já fariam a diferença com relação à fome de muitos brasileiros, mas Janja preferiu pagar cachê aos artistas amigos da casa e do PT”, disse o comentarista.