A JBS, empresa que pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista, encerrou o terceiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 3,842 bilhões, alta de 571% ante igual período de 2023, quando o lucro havia sido de R$ 573 milhões. A receita líquida foi de R$ 110,498 bilhões, alta de 20,9% em relação ao terceiro trimestre de 2023, quando havia sido de R$ 91,409 bilhões.
A dívida líquida da companhia fechou o terceiro trimestre em R$ 74,751 bilhões, 7% menos do que havia sido reportado em igual trimestre de 2023, de R$ 80,389 bilhões. Em dólares, a dívida líquida caiu 14,5% na mesma comparação, de US$ 16,053 bilhões para US$ 13,720 bilhões.
Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 2,24 vezes em reais e em 2,15 vezes em dólares, contra 4,84 vezes e 4,87 vezes, respectivamente, um ano antes. O resultado financeiro líquido da empresa ficou negativo em R$ 2,002 bilhões, contra um resultado também negativo de R$ 1,839 bilhão no terceiro trimestre de 2023.
A JBS, que pertence ao grupo J&F, dos Batistas, que admitiu o pagamento de propinas milionárias durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, voltou ao cenário político depois que Lula foi eleito para um terceiro mandato. A empresa conseguiu suspender, por tempo indeterminado, uma multa de R$ 10,3 bilhões por ter praticado corrupção. A decisão foi do ministro Dias Toffoli.
Por unidade de negócio, o Ebitda ajustado da Seara subiu 351,6%, seguido por JBS Brasil, que cresceu 332,4%, Pilgrim’s Pride, com incremento de 96%, JBS Austrália, com expansão de 45,5%, USA Pork, com alta de 34%, e Beef North America, que cresceu 29,4%.
“Registramos crescimentos em todas as unidades de negócios. Mais uma vez, foi ressaltada nossa estratégia de diversificação geográfica e de plataforma multiproteína, impulsionada por investimentos em inovação e na construção de marcas fortes, consolidando um portfólio de maior valor agregado”, disse o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni.
As vendas no mercado doméstico, que representaram 45% da receita da unidade, totalizaram R$ 5,5 bilhões, alta de 9% na comparação anual. O destaque principal foi a categoria de produtos in natura: a categoria aves in natura apresentou crescimento de 18% e a de suínos in natura avançou 17%, impulsionadas pelos aumentos dos preços.