Prefeito do Cabo de Santo Agostinho afirmou que vai quebrar o contrato com a Compesa e municipalizar o fornecimento de água.
Rádio Jornal / Foto: Divulgação/Alepe
Em entrevista à Rádio Jornal, o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), comentou a decisão de municipalizar a destribuição de água na cidade. Na prática, isso segnifica o rompimento com a Companhia Pernambucana de Saneamento. Ouça a entrevista completa:
Lula Cabral, porém, afirma que não existe desconforto. “Não tem briga, só quero que o povo da minha cidade tenha água nas torneiras”, disse. “Há seis anos fizemos a Parceria Público Privada, que acabaria com todos os problemas, temos Pirapama, Gurjaú, mas não tem água”, completou.
De acordo com o prefeito, a cidade do Cabo fornece água para Recife e Jaboatão, mas sofre sem abastecimento. “Aqui falta água aqui a 500 metros de Pirapama e a água chega nas torneiras cheia de barro”, denuncia.
Sobre os próximos passos, Lula Cabral adianta que haverá uma conversa com a Compesa. “Nós vamos fazer o nosso próprio processo de água. Se você não cumpre um contrato, nós podemos reinscindir”, disse. ” A Compesa vai rebater, mas estamos bem embasados”
O gestor afirmou ainda que se espelhou na cidade de Petrolina para pedir a quebra de contrato. “O STF já autorizou Petrolina e estamos embasados. Várias cidades pelo Brasil operam seus próprios sistemas de distribuição de água com qualidade, mesmo sem os mananciais”, diz.
Para Lula Cabral, a solução é criar uma companhia de abastecimento exclusiva para o Cabo de Santo Agostinho. “Na prática, criamos uma companhia, mas vamos manter o contato com Compesa”, afirma. “Já encaminhamos para a Câmara de Vereadores a criação da companhia de água”, finaliza.