Obra se arrasta desde 2006, no segundo governo Lula; responsável pelo repasse, BNB diz que não tem data para liberar a verba
Por Diário do Nordeste
O recurso de R$ 1 bilhão previsto para acelerar a obra da ferrovia Transnordestina não saiu do papel. A quantia será destinada para iniciar trechos que abrangem as cidades de Aracoiaba, Baturité, Caucaia, Itapiúna e Pecém, no Ceará. A verba foi programada para ser liberada entre setembro e outubro deste ano, mas encontra-se parada em processo burocrático.
Segundo a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o montante está sendo analisado pelo Banco do Nordeste (BNB). A instituição financeira, contudo, não informou quanto tempo levará para finalizar o trâmite.
Somente após essa etapa no BNB, o termo será encaminhado para a Sudene, onde será avaliado. O recurso faz parte de um aditivo de R$ 3,6 bilhões destinado à conclusão da obra, que se arrasta há 18 anos, desde 2006.
O investimento será distribuído da seguinte forma: R$ 1 bilhão em 2024, R$ 1 bilhão em 2025, R$ 1 bilhão em 2026 e R$ 600 milhões em 2027, ano estimado para a finalização dos trabalhos.
O secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Eduardo Corrêa Tavares, informou que, em atendimento às orientações do presidente Lula, está sendo priorizada, em uma agenda interministerial, a tramitação do aditivo. Segundo ele, o objetivo é assiná-lo ainda no mês de outubro.
Empresa diz esperar recurso para acelerar a obra
Atualmente, as atividades de construção da ferrovia estão em andamento nos municípios cearenses de Acopiara, Piquet Carneiro, Quixeramobim e Quixadá. O projeto está dividido em onze lotes, dos quais quatro ainda não foram iniciados.
Em agosto deste ano, durante visita ao Ceará, o ministro dos Transportes Renan Filho cobrou celeridade à Transnordestina Logística S/A (TLSA), empresa responsável pela construção. Em nota, a companhia diz depender da liberação da verba.
Segundo a TLSA, após reunião com o presidente Lula (PT), ministro Renan Filho e governador Elmano de Freitas (PT), foram contratados os lotes 4,5 e 6 (Acopiara, Piquet Carneiro, Quixeramobim e Quixadá) e ampliados os turnos de trabalho.