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Guerra Israel / Hamas: Israel escala ataques e mata centenas no Líbano; Hezbollah revida

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Foto: reprodução

Naquilo que se configura como uma guerra aberta entre Israel e o Hezbollah, o Estado judeu fez o maior e mais mortífero ataque contra o grupo libanês desde que Tel Aviv colocou a estabilização de sua fronteira norte como prioridade da guerra que trava na Faixa de Gaza contra os palestinos do Hamas.

Durante a madrugada desta segunda (23, noite no Brasil), as Forças de Defesa de Israel fizeram o maior bombardeio contra o Líbano na guerra, matando ao menos 275 pessoas e ferindo 1.024, segundo o Ministério da Saúde em Beirute.

É o maior número de mortos libaneses em ataques desde a guerra civil no país, que durou de 1975 a 1990. O conflito teve entre seus capítulos a invasão israelense do sul do país, para caçar a liderança palestina ali exilada, e uma ocupação que derrubou o governo e ajudou a dar à luz o Hezbollah, em 1982.

Estamos aprofundando nossos ataques no Líbano. As ações continuarão até alcançarmos nosso objetivo de devolver os residentes do norte com segurança para suas casas”, disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em um vídeo.

O objetivo foi incluído nas prioridade da guerra entre Israel e o Hamas na semana passada pelo premiê Binyamin Netanyahu.

No mesmo dia, começaram as espetaculosas ações de explosões de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, seguidas por um duro bombardeio que matou comandantes militares do grupo, aliado do Hamas e igualmente bancado pelo Irã, arquirrival de Israel e dos EUA.

Ao todos, foram atingidos 300 alvos, inclusive no vale do Bekaa, que vinha sendo poupado e fica distante da fronteira conflituosa. As IDF, como as forças são conhecidas por sua sigla inglesa, divulgaram imagens de um míssil de cruzeiro sendo preparado para lançamento de dentro de uma casa no sul do Líbano, só para ser destruído.

Os militares disseram que vão fazer o mesmo em todos os alvos identificados como sendo do Hezbollah no país, e por isso pediram para que civis que morem perto desses pontos deixem suas casas imediatamente. Imagens da rede libanesa Al Maydeen mostraram um êxodo de carros no sul do país.

O Hezbollah, atordoado pelo que Netanyahu chamou de maior revés de sua história, reagiu como de costume: com lançamentos de foguetes, mísseis e drones. Desta vez, contudo, não se limitaram à região norte de Israel, casa dos cerca de 80 mil refugiados que o governo promete devolver a seus lares.

No final da tarde (fim da manhã no Brasil), os alertas de ataque aéreo passaram a se multiplicar na região central, perto de bases aéreas na Samara. Eles assustam os moradores de outras áreas, que acompanham os avisos por meio de aplicativos de celular. “Vou correr pegar meu filho na escola antes que comece a tocar por aqui”, disse à reportagem Gideon Sharon, morador de Tel Aviv.

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