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Sexualidade na velhice: mitos e realidades para uma vida mais plena

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Foto: divulgação

À medida que as pessoas envelhecem, muitos aspectos de suas vidas passam por mudanças significativas, e a sexualidade não é exceção. Entretanto, a sexualidade na velhice continua sendo um tópico cercado de mitos e tabus que podem afetar a qualidade de vida dos idosos.

Este artigo explora as realidades por trás da sexualidade na velhice, desmascarando crenças errôneas e oferecendo uma visão baseada em fatos e experiências reais. A sexualidade não é apenas possível nessa fase da vida, mas pode ser uma fonte de realização, conexão emocional e bem-estar geral, como demonstram os relatos de acompanhantes no Brasil que testemunham a importância do afeto e da intimidade na vida dos idosos.

A sexualidade desaparece com a idade

Um dos mitos mais amplamente difundidos é a crença de que a sexualidade inevitavelmente desaparece à medida que as pessoas envelhecem. Essa percepção errônea sugere que, em uma determinada idade, as pessoas perdem completamente o interesse pela atividade sexual, tornando essa parte fundamental da vida irrelevante ou até mesmo inadequada. Esse mito não é apenas incorreto, mas também pode ter efeitos prejudiciais sobre a maneira como as pessoas mais velhas veem e vivenciam sua própria sexualidade.

A realidade é que a sexualidade não tem data de validade. Diversos estudos demonstraram que muitos idosos mantêm uma vida sexual ativa e satisfatória, e que a sexualidade pode evoluir e se adaptar ao longo da vida. Longe de desaparecer, o desejo sexual pode permanecer forte e, em alguns casos, a sexualidade pode até se tornar mais gratificante e significativa. Isso se deve em parte ao fato de que, com a idade, as pessoas geralmente desenvolvem maior autoconfiança, uma compreensão mais profunda de suas próprias necessidades e desejos e uma melhor capacidade de se comunicar com seus parceiros.

A ideia de que a sexualidade desaparece com a idade também ignora a diversidade das experiências individuais. Nem todos vivenciam o envelhecimento da mesma maneira e, enquanto alguns podem perceber uma diminuição na frequência ou na intensidade de suas vidas sexuais, outros descobrem novas maneiras de desfrutar e expressar sua sexualidade. O segredo é a adaptação: aceitar as mudanças naturais do corpo e encontrar maneiras de manter a intimidade e a conexão emocional.

É essencial desmontar esse mito para que os idosos não se sintam excluídos ou envergonhados por seu desejo sexual. A sociedade precisa reconhecer que a sexualidade na velhice é uma realidade e um direito, e que desfrutar de uma vida sexual ativa e satisfatória é possível em qualquer idade. Isso inclui a importância da educação sexual contínua, a abertura para discutir questões relacionadas à sexualidade e o acesso a recursos e apoio que facilitem a adaptação às mudanças que o envelhecimento traz.

Mudanças físicas prejudicam a vida sexual

Outro mito persistente sobre a sexualidade na velhice é a crença de que as mudanças físicas associadas ao envelhecimento inevitavelmente arruínam a vida sexual. Esse mito sustenta que as transformações naturais do corpo, como a menopausa nas mulheres ou a disfunção erétil nos homens, tornam impossível desfrutar da sexualidade de forma plena e satisfatória. Entretanto, embora seja verdade que o corpo passa por mudanças ao longo da vida, elas não significam necessariamente o fim da atividade ou do prazer sexual, mas exigem adaptação e uma maior compreensão das novas realidades do próprio corpo.

Nas mulheres, a menopausa é geralmente vista como um momento em que a sexualidade desaparece. A diminuição do estrogênio pode levar a sintomas como secura vaginal e diminuição da libido, o que pode tornar a relação sexual mais desconfortável ou menos prazerosa se não for tratada adequadamente. Entretanto, esses sintomas podem ser controlados com uma variedade de abordagens, desde lubrificantes até terapias hormonais que ajudam a atenuar os efeitos da menopausa. Além disso, muitas mulheres acham que a menopausa traz consigo uma maior liberdade sexual, já que as preocupações com a gravidez não são mais um fator, permitindo maior relaxamento e prazer na intimidade. Relatos de acompanhantes em Brasil indicam que essa fase pode ser marcada por uma redescoberta do prazer, evidenciando que a sexualidade na velhice é complexa e multifacetada.

Para os homens, a disfunção erétil é um problema comum que pode surgir com a idade, mas isso não significa que a vida sexual tenha que parar. Há vários tratamentos disponíveis, desde medicamentos orais até dispositivos mecânicos, que podem ajudar a superar essa dificuldade. É importante observar que a disfunção erétil não elimina a possibilidade de ter uma vida sexual satisfatória; em muitos casos, ela pode ser o início de uma abordagem mais ampla e variada da sexualidade. A intimidade não depende exclusivamente da relação sexual, e explorar outras formas de prazer e conexão emocional pode enriquecer a vida sexual de um casal, algo frequentemente mencionado por garotas de programa em Fortaleza ao destacarem a importância de novas formas de interação e afeto na vida dos idosos.

Além do tratamento médico, a boa comunicação entre os parceiros é essencial. Falar abertamente sobre as mudanças físicas e como elas afetam a sexualidade pode ser fundamental para manter um relacionamento sexual saudável. Muitos casais descobrem que a intimidade emocional e o afeto se tornam mais importantes com o tempo e que essas dimensões do relacionamento podem fortalecer a conexão sexual, mesmo quando o corpo não responde da mesma forma que na juventude.

A sexualidade madura pode ser emocionalmente mais rica

À medida que as pessoas envelhecem, a sexualidade pode assumir um significado mais profundo e emocional. Na maturidade, a intimidade geralmente se concentra mais na conexão emocional e na cumplicidade com um parceiro do que na mera satisfação física. Essa fase da vida permite que as pessoas explorem novas formas de expressão sexual e afetiva, o que pode resultar em um relacionamento mais rico e significativo.

A comunicação aberta, o respeito mútuo e a disposição para explorar novas dimensões da sexualidade são fundamentais para manter uma vida sexual plena e satisfatória na velhice.

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