Por Datafolha
Chegando a um ano e oito meses à frente do Planalto pela terceira vez, o presidente Lula (PT) é aprovado por 35%, reprovado por 33% e considerado regular por 30%.
É o que aponta nova pesquisa do Datafolha, que ouviu 2.040 pessoas com 16 anos ou mais em 146 municípios brasileiros, de 29 a 31 de julho. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou menos.
O resultado reflete em grande parte o cenário vivido pelo ex-presidente ao longo de seu mandato, de extrema polarização no eleitorado —restando às pessoas no meio do caminho, os que avaliam os governos como regular, serem os fiéis da balança em cálculos políticos e eleitorais.
Num ponto semelhante de seus quatro anos na Presidência, Bolsonaro registrava 37% de ótimo e bom, 34% de ruim e péssimo, e 27%, de regular. Considerando a margem de erro, a cisão em três do país dos anos do capitão reformando se espelha agora.
A comparação com o segundo mandato de Lula no poder, iniciado em 2007 e encerrado no fim de 2010, traz diferenças marcantes. O mandatário ostentava aprovação de 64%, enquanto apenas 8% o consideravam ruim ou péssimo. Já a coluna do meio, do regular, tinha patamar semelhante ao atual: 28%.
A piora da situação econômica, com a disparada do dólar, ainda não se fez sentir porque o impacto inflacionário não é imediato. Assim, há estabilidade quando o Datafolha questiona os entrevistados acerca do tema, em relação à rodada anterior.
Acreditam que a economia piorou 42%, mas apenas 24% têm a mesma avaliação sobre sua situação pessoal. Na mesma linha, 29% veem o cenário geral igual, ante 46% que acham isso de sua vida financeira. Por fim, creem que as coisas estão melhores para o país 26%, número semelhante daqueles que acham isso de forma particular (29%).
Em relação às expectativas, creem que o Brasil viverá um cenário econômico melhor 41%, ante 28% que acham que ele será negativo e 25%, igual ao atual. No campo pessoal, os dados são diferentes: 58% esperam uma vida melhor, 29%, semelhante, e 11%, pior no futuro.
Quando é feita uma análise estratificada dos números, há uma grande semelhança no quadro geral com o que se observa no Brasil desde que Lula voltou ao poder, em janeiro de 2023.
Ele tem melhor aprovação entre os nordestinos (49% de ótimo/bom), os menos escolarizados (47%), quem tem de 45 a 59 anos (42%) e os mais pobres, que ganham menos de dois salários mínimos por mês (42%).