Considerando que cada cidade do Brasil conta com no mínimo duas casas de gesso empregando no mínimo 20 pessoas diretamente seja como vendedor ou aplicador, Tião do Gesso começa sua defesa do setor argumentando que fala em nome de milhões de pessoas de todo o Brasil e não apenas em nosso dos empresários e empregados do Araripe.
Com o anúncio feito pela governadora do estado relacionado à proibição abrupta do uso da lenha de poda, de manejo e também de gravetos vindo de outras regiões para implantação do gás natural como fonte energética única do setor gesseiro, uma nuvem de preocupação pairou sobre quase todos os empresários e também empregados e fornecedores do setor de calcinação. A mesma preocupação vem apavorando os prestadores de serviços que se dedicam ao pólo gesseiro e dele tiram o sustento.
Como empresário do setor, dono de minas mas que também vive o drama de todos os demais, Tião do Gesso vem sendo convidado com frequência para incluir em seu plano de governo e plataforma imediata de campanha uma proposta clara e objetiva para ser apresentada às autoridades do Estado e União.
Nesta quinta-feira, dia 18, Tião do Gesso fez nova rodada de conversas e praticamente consolidou uma visão geral que vem prevalecendo no segmento.
Segundo o empresário e pré-candidato, a maioria ouvida tem a seguinte visão:
- É preciso diálogo e estabelecimento de um tempo justo e adequado para a conversão das indústrias daqueles que se mostrarem dispostos e com as condições financeiras para a conversão da matriz energética, abandonando a lenha legal para a implantação do gás. Este tempo somente técnicos experientes podem definir.
- É preciso dar garantias de que o gás terá preço equivalente ao uso da lenha, pois qualquer valor adicional por tonelada calcinada tira do mercado a empresa que aderir;
- É preciso reduzir a carga tributária para permitir ao pólo gesseiro as condições de competir com o gesso que vem de fora do país;
- É preciso assegurar que a adoção do gás não vai criar condições para que outras regiões mais próximas dos grandes centros prejudiquem o Araripe com a adoção do gás;
- É preciso garantir que a transnordestina não vai transformar o polo em apenas área de mineração.
- É preciso financiamento a longo prazo para a adaptação das indústrias.
Estas, entre outras, são preocupações que têm tirado o sono da grande maioria dos empresários e é pauta quente e urgente a ser debatida pelos candidatos de todas as cidades e não só Araripina nesta eleição.
Segundo Tião do Gesso, por ser do setor e conhecê-lo a fundo, com 30 anos de vivência, o mesmo se sente o personagem ideal para dialogar com o setor produtivo e os governos estadual e nacional, com o congresso e com as entidades de classe, em busca da melhor saída, de forma que os empregos sejam preservados e toda a cadeia produtiva agregada ao gesso, a exemplo de oficinas e metalúrgicas, bem como casas de peças e postos de combustíveis e óleos, não venha a ser afetada.
Tião deu uma dimensão do drama atual com a seguinte síntese: Com uma quebra do setor gesseiro, até mesmo o consumo de energia despenca em Araripina e demais cidades do pólo, com impacto severo na arrecadação de ICMS. Da mesma forma, o consumo de combustível e óleo lubrificante pelas máquinas. Portanto, uma tomada de decisão apressada não prejudica apenas o setor gesseiro, mas a geração de empregos formais, a arrecadação municipal e por fim a capacidade dos municípios de pagar até mesmo a folha de funcionários e serviços básicos.