A partir desta segunda-feira (22), os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) darão início à paralisação aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada na última semana.
A adesão à greve nacional dos servidores federais da Educação foi tomada após uma votação online, na qual 899 professores votaram a favor, enquanto 795 votaram contra, com 43 abstenções registradas pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe).
Como parte da paralisação, os professores levarão à Reitoria da Universidade uma Carta Aberta seguindo a agenda de atividades de mobilização programadas para a data que marca o início da greve na UFPE.
De acordo com a Adufepe, o documento elaborado pelo Comando Local de Greve (CLG) reafirma a pauta de reivindicações e está previsto para ser entregue às 10h, depois de panfletagem e café na entrada do campus Recife (Cidade Universitária).
“Nós nos deslocaremos para a entrega do nosso documento reivindicatório ao reitor. Esperamos que às 10h, o reitor esteja na reitoria para receber o nosso documento. Então todos os professores estão convidados para estar presentes neste evento de entrega das nossas reivindicações ao Magnífico Reitor”, disse o tesoureiro da Adufepe, professor Audísio Costa, em comunicado à imprensa.
A Adufepe já protocolou um ofício formal informando a deflagração da greve a partir do dia 22, a Carta do Comando reforça as preocupações da categoria. De acordo com Costa, essa é uma forma simbólica de pressão junto às autoridades para que as reivindicações sejam atendidas.
À tarde, às 14h, na sede do sindicato, o Comando Local volta a se reunir para definir os próximos passos da mobilização e eleger o delegado que participará do Comando Nacional de Greve.
Como expliou a Coluna Enem Educação na última semana, o semestre letivo 2024.1 da UFPE havia sido iniciado na segunda-feira (15), mesma data em que várias universidades e institutos federais de educação de todo o país anunciaram a paralisação das atividades.
A principal reinvindicação dos docentes é com relação ao reajuste salarial de 22% – dividido em três parcelas iguais de 7,06% para os exercícios financeiros de 2024, 2025 e 2026.
Entretanto, a proposta que chegou a ser apresentada pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era de de um reajuste de 4,5% em 2025 e de outros 4,5% em 2026, somados aos 9% já concedidos em 2023 – a oferta foi rejeitada pelos servidores.
Também estão na pauta a recomposição do orçamento público das Instituições Federais de Ensino, a garantia de condições de trabalho e a reestruturação das carreiras de docentes e técnicas/os.