A vereadora Lucinha Mota, em forte pronunciamento na Câmara de Petrolina, nesta quinta (18), lembrando que o Caso Beatriz, que vai ao ar no Programa Linha Direta, da Rede Globo, destacou que o caso segue em andamento e que sua luta está em outras fases, incluindo a luta para vencer ” a lentidão do Poder Judiciário de Pernambuco”.
“É o caso da minha vida. Muitos pensam que está parado, que acabou, mas a gente está vivendo outro momento, outra etapa de luta, que é o tempo processual. Saímos da fase administrativa, que é a fase do inquérito, que só se encerrou por causa da nossa luta, da nossa caminhada, da nossa insistência para que o governo de Pernambuco fizesse os investimentos necessários para chegar a autoria”, revelou.
Lucinha revelou que a impunidade tem sido um fator que impulsiona os crimes, a grande maioria insolúveis no país: “hoje no Brasil pouco mais de 35% dos casos de homicídios não são solucionados e digo mais, estes que estão solucionados são os que por si só já se resolveram, que é o crime de feminicídio, que todo mundo sabe que é o ex-companheiro; crime organizado, tráfico de drogas, rixa pessoal com o vizinho, mas a grande maioria, quase 70 por cento dos crimes contra a vida no Brasil não são solucionados. O que é que impulsiona isso? A impunidade, porque as pessoas cometem crimes e sabem que não serão punidas”, disse.
Bastante emocionada Lucinha lembrou a caminhada em busca de justiça, o apoio que recebeu durante sua caminhada e que sua luta segue em busca da conclusão desse processo, mas sobretudo para que os casos de “outras Beatrizes de Pernambuco e do Brasil” não fiquem impunes:
“Nós não cansamos, a família não se cansou, o Vale do São Francisco não se cansou, mantendo essa luta em nome de Beatriz. Era justo que Beatriz tivesse um inquérito justo e agora ela merece que sigam os processos Repudio veementemente o Poder Judiciário de Pernambuco, pela lentidão, pela morosidade. São dois anos anos que esse processo vem se arrastando no Tribunal de Pernambuco. Nada justifica isso. Muitas das famílias são avisadas do júri ou de uma audiência através das redes sociais, através da imprensa. A gente precisa mudar esse regime, isso não pode continuar, a nossa luta por Beatriz é a luta por todas as Beatrizes de Pernambuco, para dizer a essas instituições que nós não vamos mais aceitar, precisamos de investimentos, se for o caso, porque se for falta de investimento que o poder judiciário se pronuncie”, disse.
Nesta quinta-feira (18) o caso Beatriz volta a ser relembrado numa exibição do Linha Direta, da Rede Globo. Amanhã, no programa Encontro, em rede nacional, Lucinha Mota fala sobre o tema e cobra investimentos para que casos como o que ela viveu não caiam no esquecimento.