O país, hoje, vê crescer uma “onda” de greves lideradas pelos servidores técnicos-administrativos das instituições federais de ensino superior, que reivindicam melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial.
No Rio, todas as universidades e institutos da união têm os estatutários do quadro técnico paralisados. Os impactos vão da simples emissão de documentos, como diplomas, à organização dos calendários escolares dessas faculdades.
A indignação dos grevistas é direcionada à demora do governo em responder às propostas apresentadas pelas entidades representativas. O entendimento dentro da categoria é o de que o governo federal, que se elegeu com forte bandeira voltada à Educação, deixou de lado o funcionalismo que atua nesses locais.
De acordo com relatos de dezenas de funcionários técnicos-adminsitrativos entrevistados pelo EXTRA, propostas de melhoria específicas para a categoria foram protocoladas há mais de seis meses, mas apenas recentemente houve um retorno, que não deu um fim definitivo à questão.
Em contrapartida, o governo corre, com a criação de uma equipe, para estipular uma proposta de reformulação, sem, contudo, tratar de negociações salariais.
Até agora, a rede federal tem 320 unidades em que os técnicos estão de braços cruzados.
Nos corredores, tudo indica que os professores irão aderir ao movimento, em caráter nacional. A verdade é que magistérios de universidades e instituições no Norte e Nordeste já aderiram à paralisação, mas falta o desfecho de assembleias de professores no resto do país para firmar os rumos de uma greve nacional na educação federal de nível superior.
Sindicalistas criticam governo Lula
O diretor de Relações Institucionais da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Paulo Ribeiro, criticou o argumento do governo federal de que falta recursos orçamentários para conceder uma reestruturação dessas carreiras. (Extra)