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Preço alto dos alimentos vira problema para Lula

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Foto: RAFA NEDDERMEYR/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (14) que o governo prepara medidas de incentivo ao Plano Safra para aumentar a produção de alimentos. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o governo federal espera a redução no preço dos alimentos até abril. Eles deram as declarações depois de reunião que tiveram no período da manhã com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

AUMENTO DOS PREÇOS

O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 1,38% em janeiro para alta de 0,95% em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado na terça-feira. O grupo contribuiu com 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,83% do IPCA do último mês.

Segundo Teixeira, o aumento registrado se deu por questões climáticas, como a alta temperatura registrada na Região Centro-Oeste e as chuvas ocorridas na Região Sul. “Foi um aumento sazonal que a tendência agora é diminuir”, comentou.

De acordo com Fávaro, um dos alimentos que deve ser impactado é o arroz. O ministro afirmou que o preço ao produtor já baixou e, agora, cabem aos atacadistas repassarem a redução aos consumidores. “Esperamos que se transfira essa baixa dos preços, que os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado”, cobrou.

Também participaram da reunião com o presidente Lula para tratar sobre o preço dos alimentos os ministro da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Na declaração à imprensa, contudo, apenas Fávaro, Teixeira, Pretto e Geller falaram.

Na esteira da expectativa pela redução do preço dos alimentos, o ministro da Agricultura e Pecuária afirmou que o governo estuda medidas de estímulo para o novo Plano Safra para aumentar a produção de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca. “São medidas estratégicas, não só crédito, como o governo quer lançar contratos de opção”, disse.

De acordo com ele, a ideia também é retomar o papel da Conab para uma presença mais ativa no setor. “A política será muito voltada para que a Conab seja ativa, acompanhando dia a dia a variação de preços e vai vendo as oportunidades tanto para fazer estoque como para controlar alta exacerbada”, afirmou.

Sobre agricultura familiar, Pretto afirmou que “a vontade do presidente é que a gente garanta a todos os agricultores que optarem por produzirem comida que eles também tenham renda”.

De acordo com Fávaro, novas medidas para agricultura familiar devem ser anunciadas nos próximos dias. (JC Online)

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