Em dezembro, ao final do primeiro ano do governo Lula, total de famílias unipessoais que recebiam o benefício era de 4,1 milhões
Por Fábio Matos / InfoMoney
Uma revisão feita no Cadastro Único (CadÚnico), base de dados utilizada para o pagamento de benefícios sociais pelo governo federal, levou à exclusão de 1,7 milhão de famílias unipessoais – compostas por apenas uma pessoa – da lista de beneficiários do Bolsa Família no período de um ano.
Esse grupo é formado por pessoas que vinham recebendo o benefício de forma irregular ou integravam uma família maior, mas que constavam individualmente no cadastro – o que era visto pelo governo como uma distorção. O benefício mudou de nome durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para Auxílio Brasil, mas voltou a ser Bolsa Família sob a nova gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A quantidade de famílias unipessoais contempladas pelo programa disparou de 2,2 milhões, no fim de 2021, para 5,8 milhões, no fim de 2022. A instituição de um piso de R$ 600 para o Auxílio Brasil, independentemente do tamanho da família, impulsionou esse aumento.
Em dezembro de 2023, ao final do primeiro ano do governo Lula, o total de famílias unipessoais que recebiam o benefício era de 4,1 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
O processo de atualização cadastral do programa detectou mais de 17 milhões de cadastros desatualizados ou inconsistentes.
De acordo com o novo protocolo, o beneficiário deve assinar um termo de responsabilidade, além de entregar cópia digitalizada de documentos. Agentes das prefeituras também fazem visitas às residências das pessoas para atestar que elas moram sozinhas.
Em agosto, o governo federal estipulou um limite de 16% para famílias unipessoais na folha de pagamento do Bolsa Família.