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Prefeito vítima de sequestro e espancamento rompe o silêncio: “A maior tortura foi psicológica”

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Foto: reprodução

Blog do Magno

Em entrevista gravada para o programa Frente a Frente, o prefeito de Santa Maria do Cambucá, Nelson Lima (PSD), vítima de um sequestro na noite do último sábado, disse que solicitou à governadora Raquel Lyra (PSDB) a nomeação de um delegado para o município e o aumento do efetivo da Polícia Militar.

O gestor disse que ainda não há pistas sobre os criminosos que realizaram o sequestro seguido de assalto. “Ainda não temos nenhuma pista, pois estavam todos encapuzados e eles exigiram que eu não olhasse diretamente para nenhuma deles”, contou. Perguntado se o crime poderia ter conotação política, descartou, com a ressalva de que não tem inimigos no município e se dá bem até com os adversários.

Nelson deu detalhes de como o crime aconteceu. Ele foi abordado a 1 km da sua residência, quando parou para socorrer um carro que julgou estar quebrado na estrada. De repente, quatro homens armados o renderam e o levaram para um matagal, onde o espancaram por 50 minutos, pedindo dinheiro.

Ao ver que o prefeito não tinha nenhum valor com ele, os bandidos o seguiram até sua residência e continuaram com ameaças e torturas à sua família. Segundo Nelson, eles invadiram a casa, bateram nos familiares, quebraram objetos pessoais e levaram cerca de três mil reais das vítimas, único dinheiro que encontraram.

“Eu registrei um B.O no município de Limoeiro e fiz o exame de corpo delito. Graças a Deus, eu e minha família só sofremos escoriações leves, o prejuízo psicológico foi maior”, disse.

Em contato com a governadora Raquel Lyra, o gestor informou que o caso está sendo investigado pelos delegados de Limoeiro e Recife, mas ainda não sabe detalhes da investigação. “A governadora ligou para mim e disse que vai tomar providências. Mandou o secretário da Casa Civil ao município prestar solidariedade. Eu solicitei que se ela providenciasse um delegado para Santa Maria do Cambucá e melhorias na segurança, a violência iria diminuir. Pedi rigor na investigação e ela disse que vai fazer o impossível para solucionar o caso, considerado um absurdo”, afirmou.

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