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Apenas 18,8% dos brasileiros acreditam que 8 de janeiro foi tentativa de golpe

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Foto: Agência Brasil

Em um levantamento recente realizado pela AtlasIntel, apenas 18,8% dos brasileiros entrevistados identificam os eventos de 8 de janeiro como uma tentativa de golpe antidemocrático. Esta percepção diverge das posições do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou 30 pessoas por tentativas de subverter o Estado Democrático de Direito.

A pesquisa, efetuada através de questionários virtuais, abrangeu 1.200 indivíduos escolhidos aleatoriamente entre os dias 7 e 8 de janeiro, com uma margem de erro de três pontos percentuais e um intervalo de confiança de 95%. Os participantes foram questionados sobre a principal razão dos manifestantes que ocuparam importantes edifícios governamentais, incluindo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF.

Dos entrevistados, 18,8% consideraram os atos como tentativa de golpe, enquanto as opções mais selecionadas foram fanatismo político/polarização (34%) e fraude eleitoral (21%). Apenas 2,4% dos participantes atribuíram os atos a patriotismo.

Quanto à ameaça para a democracia brasileira, 15,9% dos respondentes disseram que não houve risco; 27,7% avaliaram o risco como não tão alto; e 43,3% afirmaram que a democracia “correu grande risco”.

Além disso, a pesquisa abordou a percepção sobre os resultados eleitorais, perguntando aos entrevistados se acreditavam que Lula realmente venceu as eleições. Embora a maioria (56,8%) concorde que Lula obteve mais votos que Bolsonaro, um percentual considerável (38,2%) duvida dessa afirmação.

A desaprovação dos atos de 8 de janeiro permanece alta, com 74,2% dos entrevistados reprovando a invasão dos prédios públicos, uma leve queda em relação a janeiro de 2023. Do total, 59% consideram a invasão completamente injustificada, enquanto 13,6% a veem como completamente justificada e 15% como parcialmente justificada.

A pesquisa também questionou a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro nos eventos, com 52% dos respondentes atribuindo-lhe responsabilidade pela invasão e 43,6% discordando. Quando perguntados sobre a possibilidade de Bolsonaro enfrentar punições legais pelos eventos, os percentuais se mantiveram similares.

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