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Agricultor é morto a tiros em São Félix do Xingu; moradores acusam a Força Nacional de matá-lo

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Foto: reprodução

O agricultor Ozéas dos Santos Ribeiro, de 37 anos, conhecido pelos apelidos de “Barbicha”, foi morto a tiros, na manhã desta segunda-feira (16), durante a operação de desintrusão da Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. O caso gerou uma manifestação da comunidade Vila Renascer. Eles apontam a Força Nacional como responsável pela morte da vítima. Com informações do Fato Regional.

Um dos manifestantes alega que Ozéas teria ficado sob custódia da Força Nacional por quase 4 horas. Livre, a vítima teria sido alvejada por um tiro de fuzil. Os moradores não souberam explicar o motivo da abordagem contra o agricultor.

Por conta do ocorrido, barricadas foram feitas e fogo ateado em entulhos, além de outros materiais. Para tentar controlar a situação, as forças de segurança utilizaram bombas de efeito moral. De acordo com a divulgação do Fato Regional, os alertas de confronto na região iniciaram antes da operação de desintrusão, que começou no dia 2 deste mês.

A redação integrada de O Liberal procurou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que é responsável por coordenar a Força Nacional, e pediu um posicionamento sobre o caso. A Polícia Federal também foi questionada para saber se será realizada uma investigação. Em ambos os casos, a reportagem aguarda retorno.

Suspensão da desintrusão

Após a grande repercussão do caso, o deputado estadual Rogério Barra (PL) enviou um ofício ao presidente da Assembleia Legislativa do Pará solicitando a suspensão do Processo de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá.

“O processo de desintrusão nessa área resultou na morte de um dos colonos envolvidos, a situação é motivo de grande preocupação, e clama por uma investigação imparcial e rigorosa. Dessa forma, solicito a intervenção deste órgão para que seja suspensa imediatamente a desintrusão em questão até que sejam esclarecidas as circunstâncias da morte do colono e garantida a segurança e integridade de todos os envolvidos nesse processo, em razão do aparente caos que vive a região”, diz o documento.

Conforme Rogério Barra, deve ser mantida a paz social. “É de extrema importância que se assegure a proteção dos direitos humanos e a preservação da paz social na região. Portanto, requeremos a este Órgão a tomar todas as medidas necessárias para garantir que a justiça seja feita e que os direitos dos colonos sejam preservados. Agradecemos a atenção de Vossa Excelência a esta questão crítica e aguardamos uma resposta o mais breve possível. Estamos à disposição para fornecer informações adicionais e colaborar com qualquer investigação conduzida pelas autoridades competentes”, informa a solicitação. (O Liberal)

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