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Barroso sentiu pressão das manifestações e não deve pautar aborto no STF

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Foto: reprodução

Por Alexandre Garcia

Ontem o Brasil inteiro assistiu, nas capitais e até nas cidades menores, a manifestações contra o aborto e pela vida. Manifestações que ampliaram- se a favor do combate às drogas, do combate à pedofilia, do respeito às crianças. Em geral, contra algumas medidas oficiais que sacudiram o país. Uma delas, uma resolução do Ministério dos Direitos Humanos recomendando banheiros para os dois sexos nas escolas públicas, não separados. Só rindo mesmo.

Isso é algo que acontece em casa, entre irmãos. O irmão e a irmã frequentam o mesmo banheiro. Agora, na escola um menino que não é irmão da menininha, frequentar o mesmo banheiro, fica esquisito. “O Som da Liberdade”, esse filme americano, que está com grande sucesso de bilheteria em todo o mundo, denuncia uma grande rede mundial de pedofilia e eleva essa preocupação.

Houve preocupação também pelo voto da ex-presidente do Supremo ministra Rosa Weber a favor de não ser crime abortar até a 12ª semana. Não sei de onde ela tirou esse número, esse tempo de décima segunda semana, esse prazo. Contraria até o Código Civil, que no segundo artigo diz que terá a proteção do estado o nascituro desde a concepção. Concepção é o momento da fecundação do óvulo.

As passeatas aconteceram no Dia das Crianças e no dia de Nossa Senhora, Padroeira do Brasil, que foi, segundo a religião católica, fecundada por Deus, e que manteve em seu ventre Jesus protegido até o dia do nascimento, no Natal, em Belém. Foi muito significativa essa manifestação ontem, e provavelmente o novo presidente do Supremo já sentiu essa pressão.

O ministro Luis Roberto Barroso sentiu, inclusive, a reação do Congresso, e deve dar uma pausa nisso. Não vai pautar essa questão do aborto para votação até que o Congresso tome uma decisão a respeito. Isso é muito positivo, mostra que está havendo ajuste entre os freios e contrapesos previstos por Montesquieu, o criador dos três poderes independentes e harmônicos, para que se fiscalizem entre si e não enveredem uns sobre as atribuições dos outros.

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