Por Carlos Britto / Coluna da Folha
Determinados a buscar soluções para os desafios financeiros que afetam diversas cidades do país, prefeitos de diversas cidades vão cruzar os braços no próximo dia 30, conforme já dissemos aqui.
No Estado, o ato é liderado pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A queixa é contra a diminuição nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Mas é uma queixa do Brasil.
Prefeituras dos quatro cantos do Estado vão paralisar: Salgueiro, Timbaúba, Cabrobó, Araripina, Dormentes e Ouricuri, por exemplo, já confirmaram adesão.
O movimento não incluirá os serviços essenciais prestados pelas prefeituras. O objetivo é fazer com que o Governo Federal e o Congresso Nacional atentem para a situação dos municípios, que beira a um colapso.
A prefeita de Serra Talhada e presidente da Amupe, Márcia Conrado (PT/foto), já havia sinalizado, dias atrás, que a paralisação iria acontecer. “Com a queda das receitas repassadas para as despesas das cidades, muitas delas estão sofrendo. Isso afeta diretamente nosso povo. Por isso, estamos precisando garantir os interesses municipais para continuarmos cumprindo com as obrigações das gestões e cuidando da nossa população”, falou Márcia.
A prefeita, aliás tem crescido em sua popularidade no meio político e tem aumentado de importância dentro do PT. Isso pode ajudá-la na disputa de 2024, quando enfrentará a eleição tentando um segundo mandato. Deve enfrentar o seu antigo padrinho, Luciano Duque (SD), que se sente traído por ela. E deve vir com a faca nos dentes. O duelo já foi marcado.