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Fugindo dos problemas de Brasília, Lula chega a Pernambuco para tentar trazer bons ventos ao PT

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Foto: reprodução

Mais que visitar a fábrica da Jeep, em Goiana, na Zona da Mata; apresentar o novo Farmácia Popular, na Zona Norte do Recife, e inaugurar o IFPE, em Paulista, na Região Metropolitana, a segunda visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pernambuco, em menos de seis meses, alia a pauta de desenvolvimento do Estado e a disposição do petista ao foco do Partido dos Trabalhadores: dar robustez à legenda nas próximas eleições municipais, em 2024, e fortalecer-se para as estaduais, em 2026.

Os líderes do PT na terra do presidente sabem das limitações da sigla que tem história, referências, mas eleitoralmente já foi bem mais representativa no Estado. Hoje dispõe de uma bancada estadual com apenas três nomes (Doriel Barros, João Paulo Lima e Silva e Rosa Amorim). Fez somente um federal (Carlos Veras). E cinco das 184 prefeituras pernambucanas (Águas Belas, Granito, Orocó, Serra Talhada e Tacaimbó). Tirando Serra, as outras quatro são de menor porte.

Embora saiba do potencial (o PT tem dois dos três senadores pernambucanos: Humberto Costa e Teresa Leitão), reconhece as limitações. Não ganhou nenhum ministério. Dividiu a Companhia do Vale do São Francisco (Codevasf) com PSB e Republicanos – que se juntaram para disputar a presidência de um dos mais importantes órgãos federais, atingindo todos os municípios do Nordeste e mais uma parte de Minas Gerais. E abriu mão da Sudene para indicar o nome do ex-deputado federal e ex-candidato ao Governo Danilo Cabral que, mesmo insatisfeito com o PSB, permanece na legenda.

O presidente chega ao Estado em meio à mobilização do PT pelos municípios. Desde o início de maio, o partido começou a realizar as plenárias regionais. Passou por Recife e Região Metropolitana; Ribeirão (Mata Sul); Carpina (Mata Norte); Caruaru (Agreste Central); Garanhuns (Agreste Meridional); Petrolina (Sertão do São Francisco) e Ouricuri (Sertão do Araripe). Quer derrubar a representação pífia. Sair da toca. Ganhar fôlego que seja condizente com sua trajetória, desde de 1980, quando foi fundado. (Folha de PE)

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