Até o PT não quer mais Rui Costa na Casa Civil
Insatisfações com o titular da Casa Civil, Rui Costa, têm provocado uma série de críticas por parte de petistas e parlamentares do centrão, que pedem a demissão do ministro de Lula. A informação foi veiculada pela revista Veja no domingo 4.
A insatisfação com Costa se dá pelo fato de o ministro supostamente ser o responsável por travar nomeações e a liberação de emendas parlamentares. Além disso, ele também é acusado de não cumprir acordos firmados com o Legislativo.
Um dos parlamentares insatisfeitos com a conduta do ministro é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Para ele, Costa não respeita a liturgia do cargo e atravessa negociações firmadas entre os membros da Casa.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também estaria insatisfeito com a condução de Rui Costa da pasta. O petista teria alegado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu um erro ao nomear o ex-governador da Bahia para o cargo.
Críticas a Brasília
Durante um evento em Itaberaba, na Bahia, o ministro Rui Costa criticou Brasília. Ele afirmou que muitos optam por fazer o errado na capital federal.
“Brasília é difícil”, argumentou o petista. “Lá, fazer o certo para muitos está errado. E fazer o errado para muitos é que é o certo na cabeça deles.”
A fala de Rui Costa gerou controvérsias dentro da esquerda. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirmou que o ministro mostrou que não conhece a capital brasileira.
Já o deputado distrital Fábio Felix (Psol) afirmou que a declaração é “lamentável” e “demonstra puro preconceito, desconhecimento e uma leitura preguiçosa da situação do DF”.
A declaração do ministro também ensejou críticas do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
“É triste ver que alguns políticos não têm a menor noção do que Brasília representa para o Brasil”, lamentou Rocha. “Declarações infelizes só servem para aumentar o clima de animosidade que devemos combater no país. O Brasil pede paz para que possamos trabalhar em benefício de todos, afirmou nas redes sociais.”