O cacique está preso desde dezembro por supostamente incitar protestos contra a diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Um grupo de indígenas da etnia Xavante está em Brasília, nesta quinta (25), para pedir a libertação do cacique José Acácio Sererê Xavante, preso desde dezembro do ano passado por supostamente incitar protestos contra a diplomação do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB).
Os indígenas pretendem fazer um ato em frente ao Presídio da Papuda em solidariedade ao xavante e aos demais detidos durante os atos de 8 de janeiro e os que estão em liberdade com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Em uma nota entregue ao senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na manhã desta quinta-feira (25), o grupo disse que Sererê foi preso por “ter opinião ou criticar a falta de transparência nas eleições e as arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal”, que não pode ser considerado crime.
“Rogamos pela liberdade imediata do cacique e de todos os patriotas que estão em regime de privação de liberdade”, diz Delfim Tsererówẽ, apontado como líder do movimento.
A nota afirma, ainda, que Sererê está com a saúde agravada por risco de insuficiência renal, retinopatia, amputação de membros e coma hiper ou hipoglicêmico, e que a defesa não tem conseguido avançar em procedimentos que melhorem a custódia do indígena.