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CPMI do 8 de janeiro é instalada com indefinições sobre a composição

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Foto: reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro tornou-se realidade nesta tarde de quarta-feira (26), após a leitura do requerimento de criação do colegiado pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado. O texto, de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE), recebeu apoio de 245 deputados e 39 senadores.

A primeira sessão da CPMI para votação do presidente do colegiado deve ocorrer em meados de maio. Caberá ao escolhido definir a agenda dos trabalhos, com oitivas e diligências.

Pelo regimento comum, a CPMI está oficialmente criada, mas ainda resta a indicação dos seus 32 integrantes, 16 deputados e 16 senadores, pelos blocos partidários.

Como está prevista a divisão de vagas na CPMI entre deputados
O maior bloco da Câmara, formado por 173 deputados de PP, União Brasil, Federação PSDB-Cidadania, PDT, PSB, Avante, Solidariedade e Patriotas, vai indicar cinco deputados. O superbloco comandado pelo presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL) quer indicar também o presidente ou relator, sendo a opção mais ventilada a do deputado André Fufuca (PP-MA).

O segundo maior bloco da Câmara, formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC poderá indicar quatro deputados.

A federação de esquerda liderada pelo PT, com o PCdoB e PV terá direito a dois indicados. A federação PSOL e Rede terá só uma vaga.

O oposicionista PL, com bancada de 99 deputados, terá três. Entre os que serão indicados está o autor do requerimento, André Fernandes (CE) e Alexandre Ramagem (RJ).

Como será a divisão de vagas na CPMI entre senadores
No Senado, o bloco formado por MDB, União Brasil, PDT, PSDB e Podemos vai indicar seis dos 16 senadores. O bloco com PT, PSD e PSB vai indicar outros cinco.

Na manhã desta quarta, a Rede migrou do bloco do MDB para o bloco do PT. A intenção, segundo bastidores do Senado, é que o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) seja indicado para uma das vagas da CPMI. A situação gerou insatisfação entre a oposição, e o senador Rogério Marinho (PL-RN) questionou a manobra ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, que ficou de dar uma resposta ainda durante a sessão desta quarta.

No lado minoritário da oposição atuam dois blocos. O grupo formado por PL e Novo pode indicar três, sendo Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ) os mais prováveis. Por fim, o bloco de PP e Republicanos terá dois representantes. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) é uma das cotadas.

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