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Abril Vermelho: MST invade 9 fazendas em Pernambuco

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Foto: reprodução

Em mais uma ação do Abril Vermelho, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam mais nove áreas em Pernambuco, no sábado (15) e no domingo (16). As ações aconteceram no Grande Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão, em localidades que já haviam sido desapropriadas pelo estado ou tinham dívidas com o poder público. O local invadido funcionava o antigo Serviço Produtos e Mercados (SPM), que encerrou suas atividades de produção de sementes faz alguns anos.

O Movimento MST também invadiu uma área de preservação ambiental e de pesquisas genéticas da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa Semiárido), órgão do governo federal, em Pernambuco. Outras sete propriedades rurais foram invadidas e seguem ocupadas no Estado. A Embrapa disse, por meio de nota, que a invasão do MST já está trazendo danos à condução dos trabalhos e ao planejamento de projetos e ações de pesquisa.

Desde o início de abril, quando começou a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, o MST ocupou dez áreas no estado. De acordo com o MST, as ocupações aconteceram no Engenho Cumbre, em Timbaúba, com cerca de 200 famílias; no Engenho Juliãozinho, também no município de Timbaúba, com 150 famílias; em Jaboatão dos Guararapes, 400 famílias invadiram o Engenho Pinheiro; em Barra do Algodão, em Tacaimbó, 80 famílias ocuparam terras; em Santa Terezinha, Caruaru, outras 350 famílias ocuparam uma área; em Glória do Goitá, 200 famílias ocuparam a Fazenda Boa Esperança; no Engenho Barreirinha, na Usina Santa Tereza, em Goiânia, 300 famílias ocuparam uma área; além da área da Embrapa, em Petrolina.

Ainda segundo o movimento, no fim de semana, mais famílias chegaram a engenhos em Timbaúba, na Zona da Mata Norte, que já tinham sido ocupados no dia 3 de abril.

Ainda de acordo com o MST, as áreas ocupadas não cumprem a função social. Ao todo, mais de 2,8 mil famílias participaram das ações no fim de semana. Por meio de nota, o MST informou que há, em Pernambuco, 65 mil famílias vivendo em barracos de lona e 143 acampamentos e que as ocupações são uma forma de cobrar do governo o assentamento dessas famílias. O movimento cita os artigos 184 e 186 da Constituição Federal, e diz que a reforma agrária é um “importante instrumento para combater a fome”.

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