Pela segunda semana consecutiva, o Congresso Nacional inicia a semana com uma série de convocações para que ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareçam na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para prestar esclarecimentos aos parlamentares sobre diferentes questões. Ao todo, foram nove convites realizados a seis chefes de pastas ministeriais diferentes – das áreas referentes à economia, cultura, saúde e segurança – que deverão falar desde a efetivação do piso da enfermagem às investigações dos ataques à sede dos Três Poderes em 8 de janeiro. Mesmo com um início de trabalho legislativo com poucas votações importantes, a série de convites realizados tem sido um dos principais expedientes adotados pela oposição neste início de legislatura. A ofensiva visa colocar integrantes do primeiro escalão do governo na “berlinda” a fim de questioná-los sobre assuntos, em tese, sensíveis ao Planalto. Na última semana, seis ministros (Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública; Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas; Renan Filho, dos Transportes; Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego; Camilo Santana, da Educação; e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos – foram ao Congresso explicar suas ações no governo. Na próxima semana, a expectativa é que outros sete integrantes da Esplanada (Rui Costa, da Casa Civil; Fernando Haddad, da Fazenda; Simone Tebet, do Planejamento; Nísia Trindade, da Saúde; Margareth Menezes, da Cultura; Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional; Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional; e Márcio França, dos Portos e Aeroportos) também compareçam nos próximos dias para debater com os legisladores. Por se tratar de um convite, a ida de ministros é opcional.