A inflação na Argentina atingiu seu maior patamar desde setembro de 1991 – quando o país vizinho saia da hiperinflação – e acumulou alta de 102,5% no período de 12 meses. Impulsionado pelo aumento dos preços dos laimentos e tarifas de serviços públicos, o mes de fevereiro registrou um avanço no índice inflacionário – Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – de 6,6% e de 13,1% no primeiro bimestre.
No mesmo período no último ano, ou seja, após o fim de fevereiro de 2022, o avanço anual da inflação foi de 52,3%. No último mês, Sergio Massa, ministro da Economia do país, renovou o acordo firmado entre o governo federal com supermercados e empresas que atuam nos segmentos alimentícios, de higiene, vestiário, telefonia e educação para que houvesse uma desindexação da economia. Irene Devita, aposentada de 74 anos, afirmou que é impossível poupar dinheiro com uma inflação galopante.
“Não sobra nada, não tem dinheiro, as pessoas não têm nada. Outro dia cheguei e pedi três tangerinas, duas laranjas, duas bananas e meio quilo de tomates. Quando ele me disse que custava 650 pesos, eu disse a ele para tirar tudo e deixar só os tomates porque não tenho dinheiro suficiente”, disse. Com um índice inflacionário acima dos 100%, os preços na Argentina costumam mudar quase semanalmente. *Contém informações da agência Reuters