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Sinpol-PE cobra pagamento de hora extra para policiais

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Foto: divulgação

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) ingressou com ação contra o governo do Estado, impetrada via Cobrapol, cobrando novamente o pagamento de hora-extra à categoria. Por se tratar de um direito constitucional que está sendo violado, a ação foi distribuída no Supremo Tribunal Federal (STF), o que obrigatoriamente só pode ser feito através de uma entidade de representação de âmbito nacional.

Nossa discussão sobre a forma de remuneração do PJES (Programa de Jornada Extra de Segurança) vem desde 2015, quando ingressamos pela primeira vez no STF para tentarmos garantir o legítimo direito de recebermos horas-extras. Anos depois de ingressamos com a ação ela foi arquivada, sem julgamento do mérito, por causa das alterações posteriores da legislação estadual que regulamenta o PJES.  Segundo o STF houve uma perda do objeto por causa das alterações e tivemos que entrar novamente com uma ação. Nossa luta sempre foi para que o PJES seja reconhecido como de fato na prática ele é, hora-extra. O Policial vende a hora de folga para trabalhar, recomplementando o efetivo da Polícia, que é baixíssimo. No caso da Polícia Civil, metade do que éramos para ter. A Constituição diz que a hora-exta tem que ser paga acrescido o valor de 50% em cima da hora normal“, frisa o presidente do Sinpol-PE, Rafael Cavalcanti.

Em relação às diárias de  Carnaval, a entidade ingressou com uma outra ação em nome de toda a classe, pleiteando que tais diárias sejam pagas, no mínimo no mesmo valor do PJES. Segundo o Sinpol-PE, essa é a mesma função a ser exercida, com a mesma carga horária e não há motivos para não pagar valores diferentes para o mesmo serviço. Além disso, a ação também solicita que esses valores de diárias sejam pagos como hora-extra.

Direito constitucional

Na ação protocolada novamente no STF, o Sinpol-PE pede que todas as cotas de PJES sejam pagas como constitucionalmente é previsto para todo trabalhador – ou seja, como hora extra.

A gente espera que a Governadora tenha essa sensibilidade de valorizar e garantir direitos mínimos aos profissionais de segurança pública, até por ter sido da área. A valorização dos Policiais é fundamental para que a aplicação da política pública de segurança, que será aplicada na ponta por estes profissionais, traga efetividade e perenidade na diminuição da violência“, finaliza Rafael. Ambas as ações foram construídas, fundamentadas e instruídas pelo departamento jurídico do Sinpol-PE.

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