Às vésperas das eleições para a presidência do Senado, o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) conseguiu o apoio público do ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), e de integrantes do PSDB e do PSD, sigla do presidente atual, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O candidato à reeleição, por outro lado, recebeu o apoio de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e deve contar com a campanha de ao menos seis integrantes da Esplanada dos Ministérios na sessão desta quarta (1º).
No PSD, o voto de senadores em Marinho já estava no radar de Pacheco. O anúncio foi feito nesta terça-feira (31) por 3 dos 15: Nelsinho Trad (PSD-MS), Samuel Araújo (PSD-RO) e Lucas Barreto (PSD-AP) —rival político de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“Temos um candidato do partido, não temos nada contra ele. [É uma] pessoa educada, equilibrada, mas que teve seu momento. Agora é hora da renovação para o bem da política do nosso país”, afirmou Trad à imprensa, ao lado de Marinho e de ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Minutos antes do apoio, no entanto, Araújo participou de um almoço na casa do senador Weverton Rocha (PDT-MA) em apoio a Pacheco. Segundo relatos, Araújo afirmou que votará no colega de partido —mesmo tendo anunciado publicamente que fará o contrário.
“Temos convicção de que temos número necessário para ganhar”, afirmou Marinho. “O governo tem agido de forma incisiva. É a regra do jogo”, completou, dizendo que o governo tem se movimentado porque está preocupado em não conseguir manter um aliado na presidência da Casa.
Senadores que apoiam Pacheco afirmam, no entanto, que o voto é secreto, e que será possível vencer em primeiro turno. Para ganhar a disputa, o candidato precisa de 41 dos 81 votos em primeiro ou segundo turno.
Aliados do presidente dizem que ele tem ao menos 46 votos, mas pode repetir o resultado de 2021, quando recebeu 57.