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Parlamentar faz apelo sobre decisão do STF sobre a prática de vaquejada

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altSegundo Rodrigo Novaes, um dos maiores impactos dessa decisão é a econômica. “Sabemos que este segmento gera 700 mil empregos em toda Região NE que sofrerá as consequências.

Do JC Online / Foto: Reprodução

O deputado Rodrigo Novaes, usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa segunda-feira (10), para mostrar o seu descontentamento sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar a vaquejada como inconstitucional por compreender que esta prática cause sofrimento aos animais. O STF derrubou uma lei do Estado do Ceará que regulamentava a atividade, de tradição cultural nordestina, por ferir os princípios de preservação do meio ambiente.

“Esta decisão me aparece equivocada. Não há dúvidas sobre a importância cultural desta prática para o nosso Estado. Um evento que remonta nossos antepassados, as pessoas antigamente se submetiam aos galhos da caatinga para buscar o gado e recolhê-lo para o curral”, conta o parlamentar. O deputado explica que dessa prática nasceram dois eventos: a vaquejada que é a corrida de morão, atividade em que o gado é derrubado dentro da faixa; e a pega de boi no mato, no qual o animal é solto na caatinga e o vaqueiro vai atrás para derrubá-lo e trazê-lo de volta”, explica Novaes.

Segundo Rodrigo Novaes, um dos maiores impactos dessa decisão é a econômica. “Sabemos que este segmento gera 700 mil empregos em toda Região Nordeste, e Pernambuco também, sofrerá as consequências. Temos que mobilizar produtores dos eventos, parlamentares e sociedade de uma forma geral”, comentou. Para o deputado a prática não é considerada agressão ao animal: “Se assim fosse, seria maus tratos marcar o boi com ferro quente para identificá-lo, como também criar galinhas por metros quadrados para a produção de ovos ou ainda chicotear um cavalo para pular inúmeros obstáculos”.

O parlamentar afirmou que dará entrada com voto de repúdio a decisão do STF para que se tenha a atividade de vaquejada e pega de boi regulamentada, respeitando as condições dos animais. “Ninguém tem prazer em ver o sofrimento, mas se deve valorizar esta cultura que é tão importante para a região. Não se pode tratar a cultura alheia com desmerecimento, é preciso sim que haja respeito”, finalizou.

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