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Leitor do blog do Roberto Araripina, critica decisão do STF, que julgou a vaquejada inconstitucional

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Segundo Jackson Anderson, os ministros do STF na faixa da democracia levaram ZERO BOI.

Por Jackson Anderson / Foto: Reprodução

A formação histórica, social e cultural do sertão nordestino remete os século XVII e XVIII, tendo como principal atividade econômica a criação de gado. Foi através da pecuária que surgia fazendas, em localidades próximas a rios temporários e riachos, como uma alternativa de enfrentar a estiagem da região.

Nas fazendas do interior nordestino dos séculos citados, podemos destacar importantes figuras sociais, dentre elas: O fazendeiro, homem importante, detentor de bens materiais, ligado ao coronelismo e expansão da atividade econômica; O padre, muitos deles missionários, que construíram diversas igrejas e capelas no semi-árido, o que favoreceu ao aumento populacional em torno das fazendas, e com isso o surgimento das primeiras vilas e cidades; O vaqueiro, figura emblemática da estrutura social do sertão, sendo pessoa de confiança do fazendeiro e responsável por cuidar do rebanho de gado e da fazenda.

O vaqueiro, homem simples, vestido de perneira, gibão e chapéu de couro para proteger-se dos cactos e árvores espinhosas da região, foi sendo dúvidas um dos principais responsável pelo desenvolvimento social e econômico do Nordeste. Apesar da grande importância, sempre foi mal remunerado, vivendo de agregado na fazenda e recebendo quarto de bezerro, mas sempre demonstrando fé em dias melhores, tendo como maior alegria a festa de vaquejada. A vaquejada, a grande festa de encontro dos vaqueiros, tornou-se um símbolo da cultura nordestina.

É praticamente impossível pensar o Nordeste sem a vaquejada, ela está presente nos poemas de Patativa do Assaré e Ariano Suassuna; nas músicas de Luiz Gonzaga, Fagner e Dominguinhos; nos repentes de Ivanildo Vilanova, Geraldo Amâncio, Valdir Teles ; na voz de Galego aboiador; no gibão, nas roupas de couro encontrados nas feiras livres; nos programas de rádio; e principalmente na vida e no coração de cada vaqueiro.

Hoje a vaquejada, além de ser um elemento singular da cultura do Nordeste, tornou-se um esporte profissional com diversos circuitos de competição, gerando milhares de emprego e renda para comerciantes, artistas, imprensa, além dos próprios vaqueiros, movimentando a economia de várias cidades. No entanto, é notório que alguns bois sofrem lesões nas competições, o que é necessário algumas medidas para evitar trauma nos animais, sendo estas medidas relativas ao tamanho, peso e número de animais nas competições.

O STF essa semana proibiu e considerou crime a prática de vaquejada em todo o território nacional, medida radical, que vai prejudicar e acabar com milhares de empregos e a renda de diversas famílias; Além do mais, banir de forma radical uma festa que faz parte da história de um povo e banir a sua cultura; É necessário medidas para diminuir as lesões nos animais,mas banir pratica da vaquejada em todo o país é inibir a cultura nordestina. Os ministros do STF na faixa da democracia, levaram ZERO BOI. 

Jackson Anderson é enfermeiro e filho do radilalista Roberto Rivelino.

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