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Partido de Bolsonaro se movimenta para comandar Senado

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Foto: reprodução

Com a definição dos deputados e senadores que representarão o país nos próximos anos, o Congresso Nacional se prepara, agora, para as eleições internas, processo no qual os parlamentares escolhem os chefes das duas Casas Legislativas. Se na Câmara dos Deputados o favoritismo de Arthur Lira (PP-AL) é reconhecido, inclusive, por aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já afirmou que não irá interferir no pleito, no Senado a disputa está aberta. O atual presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é candidato à reeleição. Parlamentares do PSD, presidido por Gilberto Kassab, dizem acreditar que o mineiro tem os votos necessários para a recondução. Apesar disso, o Partido Liberal (PL) se movimenta para apresentar um candidato competitivo capaz de derrotar Pacheco. Por se tratar da maior bancada, com 14 senadores, a sigla do presidente Jair Bolsonaro reivindica o comando da Casa no biênio 2023-2025. Segundo integrantes da cúpula do PL ouvidos pelo site da Jovem Pan, três nomes vão disputar um processo de prévias para a escolha do nome que representará a legenda no provável embate com o candidato do PSD.

Os três nomes são Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso Nacional, Carlos Portinho (RJ), líder do governo Bolsonaro no Senado, e Rogério Marinho (RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional. Outros nomes vinham sendo cogitados para a disputa, casos de Damares Alves (DF) e de Magno Malta (ES), que volta ao Senado a partir de 2023. Dias depois da eleição, Alves chegou a dizer que brigaria pelo posto de presidente da Casa. Membros do PL dizem nos bastidores, porém, que a ex-ministra teria dificuldade para viabilizar sua candidatura por ser muito identificada com o bolsonarismo – a título de comparação, Pacheco conta com a simpatia de senadores do PT e de siglas de centro-direita, como o União Brasil e o MDB.

Ocupar a presidência do Senado é um objetivo do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Em entrevista coletiva nesta semana, o cacique, preso e condenado no escândalo do Mensalão, deixou claro o que pensa sobre as disputas internas do Legislativo. O dirigente lembrou que o partido também elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 99 parlamentares, mas explicou que irá apoiar a reeleição de Arthur Lira. “Nós temos a maior bancada na Câmara e a maior bancada no Senado. Não é possível que a gente não tenha a presidência em uma das Casas. Nós vamos apoiar o Arthur [Lira], parece que está definido isso, mas com a garantia que ele nos ajude e trabalhe para eleger o nosso candidato no Senado”.

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